Diariamente recebemos notícias sobre a corrupção política. Diariamente ficamos a par da roubalheira sem precedentes na história da humanidade, de pessoas que nos representam e representam mal, terrivelmente mal, com a agravantes de boa parte deles pertencerem à malta de ladrões, criminosos e na melhor das hipóteses suspeitos de alguma falcatrua. Não se consegue entender como esses políticos conseguem atingir o poder com tanta facilidade, posto que o povo brasileiro tem fama de ser honesto e muito bonzinho para com os honestos. Porém, o que vemos e assistimos diariamente, até em nossa própria rua, é a derrota da honestidade. A terrivel conseqüência funesta com que os honestos são premiados. Já, os ladrões, os pilhadores dos cofres públicos ganham a pecha de "grandes homens", "grandes políticos", "benfeitores da causa pública". É difícil para quem pensa e analisa as questões políticas do país, permanecer no ostracismo, sem falar, sem escrever nada a respeito de tão malcheiroso assunto.
A idéia que se ganha cada vez mais vulto, é a de que não compensa a prática da honestidade no Brasil, tendo em vista o sucesso da plêiade de ladrões existentes em toda parte do país. Todas as cidades do interior brasileiro têm o seu grande e respeitado senhor de todas as coisas. E estes senhores têm sempre a fama subterrânea de ser um poderoso chefão. Geralmente, têm eles uma fachada comercial para driblar não os poderes constituídos, já que estes têm enooooorme respeito por tais cidadãos. A fachada comercial é para driblar o povo idiota e ignorante, que também vê no vulto um "grande" homem. No Brasil "grande homem" tem sempre o poder do dinheiro à disposição, porque o povo brasileiro acostumou-se a valorizar o dinheiro e não a boa alma do indivíduo. Tem dinheiro é boa gente. Não tem não presta pra nada. É assim que se distingue as pessoas. Contrariando as regras do cristianismo. Digo isto, porque todo mundo no Brasil se diz cristão. E, no entanto não é o que aparenta ser porque contraria flagrantemente as regras cristãs. É um contra-senso achar uma hipocrisia tão grande, afilhada do cristianismo. Só um tolo cai nessa.
Atualmente se discute cinicamente em toda parte do país o problema do nepotismo. Outra vergonha nacional, já que o povo parece apreciar o que torna a família do seu empregado muito bem favorecida financeiramente, através de numerosos e afortunados salários. E todos ficam quietos. Não reclamam, como se isto fosse a verdadeira e democrática república mui digna e mui séria. O nepotismo no Brasil teoricamente deveria ter acabado em 1889, com a proclamação da República, a qual diga-se foi apenas um golpe militar, que derrubou a monarquia. Este sistema de poder sim tem direito ao nepotismo, porque é toda família Real a favorecida, além dos centenas de títulos dados aos ilustres associados. Mas, na República não funciona assim. Ninguém deveria ter o direito de colocar a esposa, o filho, a mãe, enfim toda família em cargos públicos, porque isto não funciona na República. Com excessão, é claro, novamente do Brasil. A gente entende que no país dos criminosos isto seja comum. O que não conseguimos entender é a falta de vergonha do povo que aceita passivamenete tal excrescência. Isto faz com pessoas como eu tenha vergonhosamente a VERGONHA DE SER BRASILEIRO. E dane-se quem achar ruim! Primeiro acabemos com o nepotismo para depois amar este país. Nunca ao contrário, porque até lá só os larápios no poder é que conseguirão sobreviver. E nós? Nós não seremos nada. Teremos apenas o direito de cantar o HINO NACIONAL já bastante mentiroso em sua letra.