993300>A MORTE É UM FESTIVAL!...
Como Ranier, em relação a João Paulo II, Eugénio de Andrade fechou os olhos à vida imediatamente a seguir a Álvaro Cunhal. Em consequência, alheados da nefasta experiência antecedente, os necrófagos televisionistas lançaram-se de novo sobre o que mais lauto lhes parece e, sempre que os despojos brotam impantes, em lugar de se saciarem sóbria e decentemente, chafurdam.
Em vida, o dr. Cunhal, que tinha um inteligente e respeitável temor pela opinião pública, preferiu suportar o epíteto de "doutor-cassete" do que correr o risco de submergir na hedionda confusão do argumento "à laise", maná onde as pérolas falsas são maiores do que os porcos.
Haverá jornalistas deveras na nossa televisão actual? Há alguns, e os que há, muito poucos em face da caterva que dá ideia de almejar uma guerra civil, nada podem fazer contra a ordem de "atacar" o aborto antes do feto.
Daí, é o que se tem visto: por causa de umas centenas de imprudentes imbecis, as instituições do Estado estão de rasto como se já não restasse um pingo de dignidade.
Torre da Guia / Porto |