 ffffff>Não será nada fácil ao presidente Lula recompor a esperança popular que lhe atribuiu a governação do Brasil, por mais que mostre rigorosa convicção em implementar medidas que faceiem satisfatoriamente o actual estado de espírito dos cidadãos brasileiros. O "sabe-se como é" tem calo muitíssimo encorpado e a pedra que meteram no sapato de Lula, traindo a sua confiança política, não é de molde a sacudir-se com um só golpe ou a diluir-se por si.
Como se constata, o "doa a quem doer" já aparece de "mão estendida" e, de resto, a situação também não tem outra forma de tratar-se e contornar-se. Daí, ainda que se exiba um milhar de bodes expiatórios - daqueles de somenos importância política - os tubarões irão encontrar, no decurso dos próximos tempos, as águas propícias para se afastarem sem grande mossa no meio do nevoeiro que naturalmente vai criar-se com o avançar das investigações e dos inquéritos, que vão ser naturalmente demorados e por todas as formas obstaculizados.
Está-se perante um escândalo de monta que o presidente terá de gerir equilibradamente, minorando quanto possível o impacto resultante na praça pública. No caso, cortar a direito e na "própria carne", como inicialmente Lula afirmou, só incrementaria mais a crise e correr-se-ia o grave risco de operar a insustentibilidade governativa.
Por consequência, as coisas são como são e não como gostar-se-ia que fossem e deveriam ser. A corrupção de que se fala - Lula admite-o claramente - tem muita força e, tal e qual como sempre ouvi dizer, contra a força não há boa vontade que resista. Só o tempo!... |