993300>Se bem notam, caras Leitoras e caros Leitores, o polvo humano está perdidamente enlouquecido, apoderando-se de tudo quanto seja vital para a existência da humanidade. Toma conta ou destrói as fontes de água pura, envenena-nos o mento com os vírus, e coloca a água ao mesmo preço de qualquer outra extravagância líquida. Paga aos agricultores e aos pescadores para desactivarem as suas lides quotidianas e assim vai gerando - democraticamente - a dependência total da humanidade. Não tarda, tomará conta do ar que respiramos, argumentando um qualquer motivo para nos vender máscaras e mais garrafinhas ainda. Se pactuarmos, estaremos tramados de todo. E atenção, pois está já a fazê-lo subrepticiamente.
Reparem, o polvoado sistema, para poupar, há meio-século atrás, uma montanha de tabaco e obrigar os pobres ao desembolso dos miseráveis escudos-cruzeiros com que sobreviviam, em nome da boa saúde, inventou o filtro para eliminar as salvadoras beatas dos que fumavam do chão. A última faceta, para mais ainda fazer galgar os preços, propalou e espalhou a epidemia de confundir não-fumadores e fumadores, voltando-os uns contra os outros. Inteligente o polvo - né?! - tão só para lograr o domínio da exploração absoluta, dita agora, promissora globalização...
Atentem noutra: os diversos governos - grande cambada de pulhas e pulhice - proclamam anualmente que a inflacção oficial foi de 2, 3 ou 4%, intuindo-nos numa ideia de tranquilidade, e nós, na vida prática, sentimos que nosso poder monetário diminui repentinamente aos 10 e aos 20% ano a ano. Ao cabo de 6 a 10 anos estamos todos a pagar o dobro por um simples pão. E o curioso, é que quem deveras produz e fabrica o pão, sofre as mesmas quotidianas agruras, enquanto esses "grandessíssimos ladrões", disfarçados de gente séria, vivem como nababos em epidémico blá-blá e "dolce-far-niente".
É preciso mesmo dar cabo "deles" antes que seja tarde de mais. Como? Ignorando-os por completo e solidarizando-nos pele a pele com aqueles que sobrevivem perto de nós e que, queiramos ou não, fazem deveras parte integral da nossa vida de todos os dias.
Sobre a pompa e a devassidão, em que vive a maior das pulhices de todos os tempos, tem de ser implantado o caos. Como? Rasgando-lhes corajosamente o nosso voto em face. O limite suportável foi desde há muito ultrapassado. Está chegar a hora de colocarmos em risco a própria vida para eliminarmos semelhante lepra social, autêntica mafia sem escrúpulos que se instalou "democraticamente" no poder: "eles", venham em nome do que vierem, só passam para o mando, se forem a mesmíssima coisa. Politicamente, as saturadas direita e esquerda tendem para a mão que está mais a jeito.
Pessoalmente, os políticos colocam-me em estado de vómito permanente, e não são as raríssimas excepções que me aliviam o enjoo.
Portugal está num autêntico lamaçal político. No caso da actual política brasileira, veja-se: Lula, o chefe do PARTIDO DOS TRABALHADORES deixou passar para o poder uma cambada de descarados ladrões. O PT que era a derradeira esperança do povo, embebedado pelos privilégios, num ápice deixou de o ser. Passou simplesmente a PARTIDO DOS TRAPACEIROS! Estão pois a inquirir o quê? Estão, sim, a fazer fumaça que lhes permita continuar a roubar mais e melhor.
António Torre da Guia
O Lusineiro |