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Artigos-->Lula = Algo de Nixon, mas tão só miserável... -- 20/07/2005 - 08:18 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Da chegada pró adeus

Vai acenando uma mão

Enquanto tristes dos céus

Caem lágrimas no chão...




Quantos largos milhares de brasileiros estarão neste momento profundamente decepcionados e abatidos face ao descalabro do PT, partido da sua benquista e derradeira esperança? Outrossim, quantos milhares de cidadãos, que em espontânea boa fé depositaram confiantemente seu voto para a eleição presidencial de um "homem-do-povo", sentem agora goradas suas legítimas expectativas?



O slogan da "Fome Zero", por tão fundamental no desiderato então em vista, incendiou o Brasil de promissor alento cego, tão cego, que quase ninguém raciocinou que a "equívoca propaganda", em termos realmente práticos, significava apenas, nas duas exactas palavrinhas, "morte", a mesma que todos os dias vai levando alguns de nós para o mesmo sítio donde viemos. As máquinas humanas, que fabricam publicitariamente presidentes, comportam cérebros que não olham a meios para atingir fins. O resultado, hoje, toca nos olhos, como mão negra despida da luva branca que acenou às multidãos.



Estou suficientemente documentado. Tenho seguido com algum zelo, através da televisão, da rádio, da imprensa e da internet, o escândalo político que coloca o Brasil sob a lupa crítica do mundo e, consoante as notícias vão engrossando o corpo do delito, sobre as teias do "mesadão-mensalão", cada vez tenho menos dúvidas sobre a envolvência directa de Lula no locupletante imbróglio.



A revista VEJA produz eficientemente, em subtis entre-linhas, um objectivo e irrefutável dedo acusador. Há pelo menos doze meses, o presidente tinha conhecimento do subreptício manejo, alertado sucessivamente em...

= 25 Fevereiro 2004

pelo deputado Miro Teixeira



= 5 Maio 2004

- pelo governador Marconi Perillo



= 25 Maio 2004

- pelo deputado Paulo Rocha



= 5 Janeiro 2005

- pelo deputado Roberto Jefferson



= 23 Março de 2005

- insiste Roberto Jefferson

Lula, paradigmaticamente, teve muita mais sorte do que Pedro: ouviu o galo cantar cinco vezes (a parede), mas ignorou e, por aí, negou-se a tomar medidas sobre a evidência que ocorria (a espada). Fazendo orelhas-moucas durante mais de um ano, o presidente avalizou tacitamente a corrupção que germinava no seio do seu partido. Quem duvida?!...



No momento, para evitar que Lula se torne num óbvio mártir aos olhos do povo, cegos ainda pelo carisma do homem que julgou providencial - "todos roubam, minha gente", proclamou Lula por outras palavras - as oposições políticas pretendem o apodrecimento público de Lula enquanto pessoa, antes da destituição, ou da renúncia voluntária, grande lance para o qual Lula já não tem tempo azado para lograr qualquer bom escape.



Em suma, perante as dificuldades de todo o cariz que o Brasil atravessa de lés-a-lés, o caso do "mesadãozinho-mensalãozinho" tem definitivo lugar na história das grandes fraudes políticas e prova sobretudo um facto essencial: os políticos são tão só uma cambada de fogosos abutres onde as aparentes excepções também tomam lugar à mesa dos despojos. Mete nojo!...



É pois natural que os preclaros petistas que militam na Usina estejam desolados e completamente de moral caída: é que não há recurso possível quando a testa se parte e os ossos entram para dentro dos miolos.



Todavia, todos-todos os dias, há sempre uma nova luz no horizonte. Até para Lula, que está na hora do poente, muito perto de mergulhar na noite escura.



Uma palpitante brisa, que me chega ao cérebro e vem não sei de donde, segreda-me à alma que o Brasil irá em breve ter uma mulher à cabeça do seu destino: Rosinha Garotinho. Não sou bruxo, tá?!... E praza sobretudo que o povo brasileiro, com o seu nado jeito de fazer subir o corpo bem para junto da alma, sacuda a lágrima sambando.

António Torre da Guia

O Lusineiro








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