993300>E a incorrecção deliberada, o insulto, a revolta alucinante e semi tresloucada, o quase rebentar dos neurónios através das teclas, a assolapadíssima maldade mesquinha em que me investi, o paradigma exacto da baixa condição e, por variadíssimas vezes, fazer e produzir ainda pior do que o outro fez?... Então não me falta ainda, nitidamente, a sincera humildade de oferecer a outra face, de afrontar com serena tranquilidade os obstáculos imprevistos?...
Ah... Dona IVONE, Dona IVONE... Defronte a seus encómios não sei onde me meter. Já dei aqui umas três voltas ao redor do computador e todo o espaço que me envolve parece-me pequeno para colocar o peito tal e qual bola cheia em suspenção. Pareço um galo de crista super calejada, daqueles que as boas donas de casa guardam até à inevitável morte natural.
Mas, minha Amiga, creia: tudo quanto fiz na Usina, fi-lo sem dar por isso, fui sincero integralmente. Nunca por nunca ensaiei ou premeditei propositadamente qualquer atitude para lograr o descalabro psíquico de outrem. O meu carácter não me permite fazer uso completo da minha inteligência predadora, e tenho-a aos montes, aos saltos e aos coices dentro de mim, naquelas alturas em que não sei se hei-de ir para a frente ou para trás.
Bem, Amiga, se está convencionado que o "Dia do Escritor" tem data fixa em 25 de Julho, porque este dia me fez muitíssimo bem, deslumbrando-me a alma, ai não, nunca mais o esquecerei.
De resto, em relação à Senhora, neste momento, todas as palavras e frases são incapazes de exprimir o esplêndido sentimento que me inunda.
Aceite, Dona IVONE, um grande xi-coração de Portugal para a tão amena companheira das lides usinais.
Saravá avante!
António Torre da Guia |