Usina de Letras

0000FF”> Depois de mais um escândalo de corrupção envolvendo parlamentares de quase todos os partidos, temos a sensação de que não existem políticos honestos, de que todos eles disputam uma eleição não para servir ao povo, mas sim para se apossar tanto do dinheiro e dos bens públicos quanto dos benefícios que o cargo lhes oferece. E isso é muito perigoso, porque desmotivação o já desmotivado eleitor a participar na construção de um pais mais justo e melhor.

Não tenho bola de cristal para saber o que deve ser feito para acabar com tamanha corrupção nem para evitar que pessoas escrupulosos avancem sobre o dinheiro público feitos urubus esfomeados sobre a carniça, mas não restam dúvidas que uma urgente reforma política é necessária.

É preciso não só fortalecer os partidos, para evitar esta promiscuidade, como se o congresso fosse um bordel e os partidos as prostitutas, como também acabar com essa forma equivocada de financiamento de campanhas eleitorais. Ou se faz o financiamento público ou se permite o financiamento privado com regras simples e claras. Esse meio termo é que não dá para continuar.

Não resta dúvida que a fidelidade partidária evitaria o toma-la-da-ca. Isso já deveria ter feito a muito tempo. Pois fazem décadas que os parlamentares trocam o apoio ao governo por liberação de verbas para suas bases eleitorais.

Também deve-se aproximar o candidato de seus eleitores. É um absurdo que um eleitor possa votar num candidato que, além de não pertencer sua região, não tem a menor afinidade com a origem de seus votos. De que adianta votar num candidato que não se conhece?

Talvez isso não acabe com o mar de corrupção que se tornou o centro do poder, mas contribuiria consideravelmente para reduzi-la. Agora temos que fazer nossa parte, exigindo dos políticos que algo assim seja feito.