993300>Mais um nefando ser, um daqueles cuja existência era um permanente atentado aos primordiais princípios da dignidade humana, agonizou e foi-se, pelo que a humanidade está devendo ao cegueta do Alá, desta feita, um bom par de vénias junto ao solo . Como eu costumo sem hesitação enunciar, mais um "gfdp" vai a caminho da simples poeira infecta de que este mundo está cheio. No entanto, para mal do povo saudita, ao defunto odre sucede-lhe um seu meio-irmão, outro "gfdp" a quem até o descabido preconceito fica a dever tudo quanto de mau tem.
Custa a entender que as ditas "Nações Unidas", sob o tão macerado nome dos direitos humanos e das políticas democráticas, permitam que monstros de tão ínvia natureza sobrevivam em esplêndido fausto e lídimo prazer, submetendo os seus povos à mais esconsa das misérias. Admira que, pelo menos de uma vez por todas, as bombas não caiam em cima de quem deveriam exactamente cair. Como é possível que um "sublime suado em trampa", feche os olhos deitado sobre uma montanha de dólares sem nunca ter apanhado uma fulcral dentada de camelo?
Truman, há 60 anos, mandou lançar duas bombas atómicas sobre um povo de indómitos guerreiros, e Bush, enquanto aperta a mão e abraça os títeres fundamentalistas, manda lançar bombas cirúrgicas a quilómetros de distância dos palacianos acoites de covardes assassinos. O que nos vai valendo, é que Deus, Alá e Buda, de vez em quando, decidem carregar no sideral botãozinho, aliviando-nos um tanto da compressão real que nos encosta à parede dos quotidianos.
António Torre da Guia |