O presidente Lula enviou uma carta quase pedindo socorro aos bispos, que novamente se encontram reunidos numa costumeira conferência, a qual sempre parece viver o clima de providências e resoluções de algumas coisas que nunca acontecem. Estas reuniões parecem mais com reuniões políticas de quem não tem nada o que fazer. Se os padres vivem nababescamente, imaginem-se os bispos. Claro que, para quem tem fonte de renda permanente de um rebanho interminável, acalentando sonhos de, não conquistar o céu pelos méritos de cada um, mas comprar o céu com a “grana” grossa e poderosa da Terra, fica muito feliz em doar o quanto possível for, quando se acha alguém vendendo promessas divinas. E assim, enquanto os pobres abaixo da miserável miséria sofrem o degredo do estado e as chibatas da intolerância dentro de seu próprio país, também acabam por padecer o mal da enganação, baseada em cultos, quando o próprio Cristo nunca ensinou nenhum culto, a não ser o culto de nossa própria alma no rumo da abençoada evolução.
Evoluir, por exemplo, nunca foi construir palácios e dizer que ali é a casa de Deus. Isto não é evolução, é simplesmente a diminuição de Deus. A casa Dele é o universo infinito e muito além. Cada planeta é a morada de Seus filhos. A Terra é a nossa transitória morada.
A carta do presidente Lula aos bispos tem conotação política, porque é pública e deseja aparecer ao eleitorado religioso que ele, Lula é também um “grande” religioso, além de ser um tremendo “prometeu”, visto não ter cumprido suas promessas de geração de dez milhões de empregos. Ora, não são os religiosos de quaisquer igrejas, que pululam por aí e que andam muitas vezes também por aí, com malas carregadas de dinheiro, cujo ganho é de uma facilidade que fere os brios de quem trabalha duro para ganhar uma miséria? Não foi Jesus que avisava a Judas Iscariotes de que a bolsa de dinheiro deveria ser entregue aos pobres? Parece que os religiosos não apreciam muito a doação aos pobres! Apreciam e muito a retirar dos pobres o que lhes restam.
É Lula! Sua carta pode causar emoções neronianas aos bispos e aos fiéis da igreja, mas não engana os verdadeiros seguidores de Jesus. Aqueles que conhecem os interesses humanos já demasiadamente egoístas, e se precatem dessas mazelas do espírito humano. Os interesses dos reis e das rainhas, assim como os interesses dos ditadores e das repúblicas sempre foram os mesmos das igrejas. Assim como os padres abençoavam os negros antes dos espancamentos nos pelourinhos, como espetáculo público, nós, o povo, somos espancados em nossos salários, em nossas vidas miseráveis, enquanto os poderosos, os mandatários e os carrascos da igreja católica do santo ofício participavam, na antiguidade, dos fornicamentos, das tragédias humanas, em subterrâneos sob monumentais igrejas, ainda hoje existentes como provas cabais. Esta união do poder com a igreja não terminará tão cedo, porque ambos têm os mesmos interesses políticos.
Assim como os políticos, não há igreja no mundo que não ame a riqueza e o poder. A própria honestidade não tem envolvimentos com os políticos e os sacerdotes, em paises semelhantes ao Brasil, onde o poderoso não é punido. Só um exemplo: qualquer cidadão pedófilo é punido imediatamente com a morte no Brasil, posto que sempre morrem por “descuido” dos policiais. São realmente punidos. Já os padres pedófilos continuam sua trajetória de padres como se nada houvesse acontecido. Quem vai pagar a conta é o denunciante. E isto vem acontecendo desde os tempos da escravidão.
Pelo amor de Deus!
São coisas que não foram ensinadas por Jesus. Foi alertado por Ele a não fazer.