Por duas vezes durante a minha vida através da sétima arte, tive a oportunidade assistir ao filme “O CONDE DE MONTE CRISTO” que de acordo com a história se passa no começo do século XIX, e trata de fatos relacionados às condições sociais, econômicas e políticas das pessoas que viviam naquela época.
Curioso, portanto é notar que quando partimos para uma análise mais crítica do que realmente aconteceu, é como se estivéssemos vendo outro filme denominado “UM DIA DEPOIS DE AMANHÓ, onde de acordo com o relato e desenvolver da encenação tudo se repete, é todo dia, todo mês, todo ano, a mesma coisa. Lá por volta de 1814 assim como hoje o poder já hipnotizava as pessoas, já fazia com que valores fossem substituídos por ganância e também era objeto, apesar de abstrato, de grande desejo, naquele tempo como agora o poder era usado como desculpas para práticas de atrocidades e servia como meios que justificavam os fins para conquistas ambiciosas mesmo que com estas práticas fosse necessário aniquilar a tudo e a todos até chagar ao objetivo. Não precisa, portanto ter senso crítico muito apurado para notar que lealdade assim como nos dias de hoje nunca esteve na moda, vê-se claramente uma prática comum do ser humano que nunca muda com o passar dos tempos que é a de privilegiar o ter em detrimento do ser, notas que valores como amizade, companheirismo e parceria são coisas que podem surgir de onde menos se espera e tem ainda a maior de todas as lições que se pode obter de obras como essa, é a parte referente ao conhecimento que uma vez aliado a experiência torna-se arma fatal contra qualquer esperteza ou falcatrua arquitetada por espertalhões que querem se dar bem sem fazer esforço na vida.
Com relação ao mais nobre dos sentimentos, o amor, fica fácil de perceber, que entre o sexo oposto ele realmente não existe, não passa de prática danosa, fruto muitas vezes de paixão repentina e depois vira conseqüência da necessidade do momento, pois uma vez real e verdadeiro nunca deveria ser divisível e nem tão pouco sair de uma só boca para ser fracionado para vários rostos, pois esta é regra que se repete através dos tempos.
Por fim, concluem-se, contudo, que entra ano e sai ano e pouca coisa muda, com certeza mudarão os aparelhos nos quais nossos filhos e netos verão filmes como estes no futuro, contando a história que estamos escrevendo agora igual a todas que já se passaram até hoje.