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Artigos-->Terceiromundismo -- 30/08/2005 - 20:01 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Terceiromundismo

Hamilton Lima



Talvez uma das razões pela qual exista o que se chamou de primeiro mundo e terceiro mundo seja um equívoco a respeito do conceito de hegemonia. Talvez.

Desde primórdios a humanidade, ainda nos mais simples núcleos de convívio, buscou a hegemonia. Assim também ocorre entre plantas e animais, bem tratado o tema pelo estudioso de comunicação Luiz Beltrão em seu livro Teoria Geral da Comunicação de 1977, pela editora Thesaurus.

Claro, Beltrão tinha como foco principal orientar os estudantes de comunicação para o fenômeno comunicacional, sem inferir o aspecto político como pretendo ao final de algumas linhas.

Mas também é inegável que todo homem é um animal político e Aristóteles acreditava que toda comunicação embutia uma intenção, a busca de persuadir os receptores de mensagens.

Aristóteles previa um tipo de hegemonia, ainda que intelectual. Outros percebiam e perceberam que a hegemonia pelas armas poderia auxiliar no processo.

Foi assim que anglo-saxões tomaram aos poucos terras ao longo de toda Pangea, estabelecendo seus núcleos civilizatórios, espalhando sua hegemonia intelectual e armamentista. Uma sempre funciona para suprir a outra.

Mas onde entra o terceiromundismo nesta história?

Na gênese da composição dos Estados do chamado Terceiro Mundo.

Uma gigantesca massa de terras e almas espalhadas ao longo da crosta terrestre, dormindo sobre riquezas e vivendo em meio à pobreza geral.

Uma visão meramente econômica talvez. Talvez.

É que percebi recentemente que não se trabalha o conceito de hegemonia nas escolas brasileiras. Em um ou outro centro talvez.

Passei pelo ensino básico sem ter muita noção disso. Apenas em aulas de História com o professor Dilermando, um de meus maiores mestres.

Depois pouca coisa se viu. Um curso superior ainda censurado pela ditadura militar, vivências em algumas empresas, enfim um leve despertar na pós-graduação.

Até que Beltrão provocou meu cérebro durante um estudo de comunicação. Então percebi que hegemonia e ideologia são relegadas no ensino brasileiro, justamente para formar multidões de medíocres que se contentam em obedecer ordens e abandonar a iniciativa, o espírito de pesquisa, a busca de suas próprias verdades.

Nesse caldeirão de construção de falsos conceitos estão os livros de auto-ajuda e neuroliguística.

O caminho é o estudo das ideologias e da hegemonia, em suas diversas formas de se apresentar.

O conhecimento do conceito de hegemonia pode ajudar a delimitar territórios, fornecer objetivos para todas as pessoas.

Normalmente é mal abordado. Principalmente se enfocado pela vertente consumista do capital. Aí degringola de vez.

O caminho é explorar o tema intensamente, desde o jardim de infância. Aí teríamos uma sociedade sincera e capaz de entender melhor os mecanismos de distribuição de renda e poder nas esferas do Primeiro e Terceiro Mundo. E poderíamos construir outro tipo de sociedade.

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