Às vezes, inesperadamente, chega a aflição vinda do ignoto, saída das profundezas do eu, irrompendo como se fora um vulcão indomável vomitando lava e fogo com o mesmo ímpeto das forças da natureza. E a gente, sem querer, fica estonteado momentaneamente, perde o equilíbrio e o controle das emoções por um instante.
Depois, raciocinando, chega-se à conclusão de que nada é o fim do mundo, tudo tem remédio, apenas, é preciso domar o tumulto das emoções desenfreadas e aguardar com serenidade e fé a passagem dos acontecimentos. O pavor de proporções gigantescas turva o nosso raciocínio e a nossa visão, deixando-nos incapazes de enxergar a luz que bruxolea no final do túnel.
É preciso saber administrar estes episódios, garantindo a tranquilidade de seres racionais, cuja missão nesta terra é a mais nobre. Não nos percamos nas tormentas que episodicamente atrapalham a nossa caminhada no rumo da evolução.