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Artigos-->Felizmente -- 08/09/2005 - 19:28 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Procedo donde?...



Fui um dos espermatozóides, segundo aqueles que a ôlho profundo investigam o que o ôlho superficial não alcança, que logrou bater os seus milhares de irmãos, deixando-os à deriva, até lograrem rapidamente o feliz retorno ao nada, final bem mais adequado do que o regresso à procedência. Pelo menos, esses, evitaram o triste fado da água.



Ora, isto, biologicamente, já que, no que ao espírito concerne, procedo da maior das porcarias mentais que transita na terra. Venho de uma génese de pecadores quotidianos, praga horrenda de ignorantes manhosos, espertalhões de índole vorazmente predadora, que pedem perdão para cada sucessivo pecado e pretendem impositivamente que eu lhes siga a trilha. Venho, filho vítima das vítimas, de uma sociedade cancerosa que, em nome de Deus, subrepticiamente, cada vez mais alimenta o cancer em que sobrevive.



Surpreendentemente, como se o raciocínio fosse tão só um armazém de trampa, a legião de hipócritas alimenta a esperança: querem uma casa, um carrinho para passear e um frigorífico pleno para satisfazer a devoradora inconsciência de suas vidas. Depois, almejam mais ainda: uma vivenda junto à praia e dois ou três carrinhos para cada qual ir dar uma queca onde lhe der na gana.



Veja-se a profusa merda acumulada que vai por essas estradas. Vão algures?... Ah... Pois vão, mas só muito tarde chegam à conclusão que nunca deveriam ter saído do mesmo sítio.



Respondi pois à interrogação: eu procedo exactamente, sem tirar nem pôr desta horripilante tragédia que me rodeia permanentemente e da qual só me libertarei um destes vindouros dias, felizmente, sem precisar que estupidamente me desejem paz.



António Torre da Guia



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