Fernando Henrique Cardoso

18 de Julho de 1931 = 74 anos

Mário Soares

7 de Dezembro de 1924 = 80 anos

Mário Soares - desde já em campanha política em vista das eleições presidenciais de 2006, é o candidato do Partido Socialista - foi, em Portugal, tudo quanto um político pode ser, ou seja, bateu no tecto do poder. Se for eleito Presidente da República, pela terceira vez ocupará o cadeirão lídimo no Palácio de Belém.



Numa breve visita ao Brasil, foi recebido pelo ex-presidente da República Brasileira, Fernando Henrique Cardoso, numa concorrida reunião em que o elogio aos promitentes requisitos da velhice foi brindado entre taças de champanhe e calorosos abraços. No ensejo, a mútua troca de galhardetes proclamou o desejo do futuro: um e outro, ainda, próximos timoneiros dos respectivos países.



Diz-se que cada qual sabe de si, e eu, do Brasil, estou deveras a leste do conhecimento factual. Por consequência, sobre o meu querido Portugal, lembro-me perfeitamente do tempo - há trinta e tantos anos - em que a oposição política criticava imnenso os "Velhos do Restelo" e a "Brigada do Reumático".



Eis "Mário Soares" entre aspas.



Sem mais, praza que Fernando Henrique Cardoso, além da cordial diplomacia que é de bom gosto desenvolver e incrementar, não se devote a ler seriamente na sub reptícia cartilha dos finórios que não cessam de fazer asneiras, incompetentes e impotentes, mas sempre dispostos a fruirem o fausto da vida com tanta miséria ao seu redor.



Eu tenho convicta ideia, dada a clara evidência dos resultados sociais hodiernos - péssimos e paupérrimos para a grande maioria dos povos lusófonos - que estou a perpassar por uma ditadura sem ditado, ou seja, a cópia fiel dos tempos idos, só que, desta feita, com os cidadãos a gritar e a arranhar as paredes que se fartam.

António Torre da Guia