Soltei o balão de ensaio, o papagaio de papel de seda e bambu, o pombo-correio, mas nada recebi. Talvez a mensagem não foi entendida por ninguém, quem sabe, não há pessoa alguma interessada, pois há muita pressa no mundo hodierno e pouco espaço para as coisas românticas e ultrapassadas.
Pode ser que eu tenha apenas perdido meu tempo, pois a literatura e a arte não dão dinheiro, estão fora de moda.
Mas, raciocinando melhor, será que o dinheiro é tudo na vida?
Nem sequer pensei nele quando lancei minhas sondas espaciais, meus sonares, meus sinais luminosos.
Num canto qualquer deste vasto mundo, aldeia perdida, lugar pitoresco, praia distante, montanha, penhasco ou ilha marítima ou fluvial, alguém perderá seu tempo e experimentará algum sentimento bom em relação ao que escrevo...Basta isso...o sonho é deste tamanho, nada mais.