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Artigos-->ASINUS ASINUM FRICAT -- 07/11/2005 - 11:37 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






ASINUS ASINUM FRICAT

(os burros esfregam outros burros)

Provérbio latino





Num jornal aqui em Jaú foi publicado um artigo de minha autoria em 06 de abril de 2003, intitulado “Reflexões Pessimistas”. A matéria tratava apenas de uma projeção política para 2004, ano em que haveria – como de fato houve – as eleições municipais. Expus as prováveis intenções dos prováveis candidatos com uma certeza absoluta de suas participações no futuro pleito. Apenas uma certeza, mas não uma adivinhação de bolas de cristais. Era certeza absoluta da participação do candidato Griso, já que ele mesmo se pronunciara algumas vezes como provável candidato. O Waldemar Bauab também, e o prefeito eleito em 2000, João Sanzovo Neto era o candidato em pessoa, já que lhe bastava o automatismo da reeleição.



Houve de minha parte naquela matéria, críticas ao Griso, críticas ao Waldemar Bauab e críticas ao prefeito em exercício João Sanzovo Neto. Eram críticas na pior das hipóteses construtivas, que garantiam ao criticado uma posição que pudesse melhorar sua performance política para a campanha. Havia plenamente essa intenção. Cada um por si, retirando das críticas uma posição em relação a elas, que poderia ser passada ao povo numa palavra de explicação, ou de intenção de melhorar no próximo mandato, já que todos tinham sido prefeito pelo menos uma vez. Aquela matéria simples escondia algo que não foi percebido pelos candidatos Griso e Waldemar. João Sanzovo percebeu. Ou se não foi ele, foi sem dúvida seu marketeiro. E além de perceber usou o que escrevi na sua campanha política na íntegra. Senão vejamos.



Dizia a matéria que João Sanzovo tinha “em duas secretarias um bom trunfo político: a secretaria do Meio Ambiente, (Semeia), cujo secretário era o José Paulo Toffano e a Secretaria da Cultura na pessoa da Sra. Lucy Monari”. “Além disso” – continuava – “o Departamento de Trânsito” (e agora vem à frase bombástica que reelegeu João Sanzovo Neto), “o Departamento de Trânsito está fazendo o que os outros prefeitos não tiveram a coragem de fazer”.



O grifo que fizemos neste pequeno período: “está fazendo o que os outros prefeitos não tiveram a coragem de fazer” foi para destacar a importância que este texto teve para o então prefeito João Sanzovo Neto. Este texto, de minha autoria, pode ter levado o prefeito a ganhar a reeleição em outubro de 2004, depois de martelar diariamente umas sessenta vezes por dia em cada emissora de rádio, num total de cinco emissoras. O que seria um total de aproximadamente trezentas inserções por dia, sem contar o período noturno. Eram marteladas a cada dez minutos, levando-nos a uma psicose coletiva em votar até de olhos fechados no candidato João Sanzovo Neto – vejam o poder do dinheiro a que ponto chega!



Mostrou-se claramente que esse político tem uma estranha capacidade de tirar proveito do pensamento alheio. Estranha porque ele costuma apresentar-se como uma pessoa inteligente. Se for inteligente por que usa a inteligência dos outros? Ou será que os néscios ainda acham que ser inteligente é se apropriar do pensamento alheio? Esta nada mais é do que a velha lei de Gerson. Em vista do mesmo ser também um empresário bem sucedido, não deixou de usar o mesmo apelo psicológico dos comerciais, (que a gente não agüenta mais) na política. Se dá certo no setor comercial porque não usá-lo no setor político? Lembrou-me de 1992, quando numa reunião em que ele estava presente, como vice-prefeito de Waldemar Bauab, eu avisava que a região ali do kartódromo seria um futuro e prodigioso pólo comercial. E hoje como um milagre de São João está pronto o hipermercado de propriedade dele. O que se deveria premiar Jaú com a cidade que mais possui supermercado por metro quadrado. E se a propagando diz tanto que os preços são baixos, por que não abrem filiais em Sampa? Bom, é que lá o povo não suporta propaganda enganosa.



Se foi o seu marketeiro quem encontrou meu texto no jornal suponho que ele tem o mesmo estilo das ratazanas, trabalhando à socapa, usando e abusando das coisas alheias. Pena que nós, produtores de textos, não costumamos registrar os direitos autorais, mesmo porque os custos são absurdos e o material é muito grande. Eles (candidato e marketeiro) sabendo disso fizeram uso do texto, que só posso provar que é meu porque a data é anterior ao período da propaganda eleitoral. E se justiça houvesse no Brasil apenas isto deveria ser o suficiente para se provar um fato.



Ora, ora, Sr. Prefeito, certamente que usando o que escrevi V.Excia. foi muito mais servido por mim do que todos esses acólitos que lhe rodeiam diariamente e que são muito bem pagos para nada produzirem. Pena que vivamos no Brasil, um país, cujos pobres não têm direito para nada, caso contrário, se houvesse justiça, V.Excia. seria processado e teria de abrir os bolsos para mim também, através de um processo por usurpação de direitos autorais. E ainda assim, mesmo não havendo justiça verdadeira neste país, qualquer leigo sabe perfeitamente que houve essa usurpação. Ou será que V.Excia. sonhou com meu texto?



Para as próximas eleições solicito a malta política ter mais cuidado. Estou registrando na Biblioteca Nacional todos os meus direitos autorais. E aproveito para avisar a todos os outros articulistas deste jornal fazerem o mesmo. Estou apenas botando a tranca em minha porta, depois que minha casa foi arrombada e furtado o valioso conteúdo, que apesar de publicado, tem dono. Com a atual caterva política deste país temos que ter muito cuidado, nós que escrevemos. Eles dão preferência a se cercarem de burros, bem por isto estão sempre procurando alguma coisa inédita pela imprensa, e que seja eficiente além de inteligente. Ora, eles que se ajeitem entre eles mesmos. Afinal, os burros esfregam outros burros.



Jeovah de Moura Nunes







































































































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