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Artigos-->Dia do Hidrógrafo -- 15/11/2005 - 21:21 (Agnaldo Xavier Furtado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Numa bela manhã na Ponta da Armação em Niterói, no dia 28/09/2005, dia do Hidrógrafo com a sua ORDEM DO DIA No 2/2005, o Almirante Paulo César , “POÉTICAMENTE”, lembrando as Estrofes do Hino da Hidrografia do Comte Sepúlveda, assim abaixo escreveu:





Assunto: Dia do Hidrógrafo



No dia 28 de setembro, data de aniversário do Patrono da Hidrografia, CF Manoel Antonio Vital de Oliveira, morto em combate em 1866, comemoramos o Dia do Hidrógrafo.

Peço licença ao estimado amigo, Comandante Antonio Cesar Martins Sepulveda, autor da canção do hidrógrafo, para, a partir de seus versos e dos exemplos de nosso Patrono, inspirar-me e compor esta Ordem do Dia.



“Navegantes por onde singrares,

Louvarás nossa nobre missão:

Garantir segurança nos mares,

Segurança da Navegação.”



Nesta singela estrofe encontra-se a origem do nosso ofício. Dentro do amplo conceito de Segurança da Navegação desenvolvemos nossa capacidade na busca do conhecimento da Hidrografia, Meteorologia,Oceanografia, Geofísica e Sinalização Náutica.



“Nós somos do nauta a estrela guia,

Que ilumina a derrota a percorrer,



Temos consciência dessa complexa e gratificante tarefa de ser do nauta a estrela guia, sobretudo quando vivenciamos um mundo de constantes inovações tecnológicas a testar, a cada dia, a abnegação e a vontade de enfrentar desafios impostos pela modernidade sem deixar de considerar todo o legado de ensinamentos pretéritos de nossos antecessores. É com esse espírito hidrográfico que devemos nos preparar tecnicamente para fazer frente a mudanças de paradigmas, como por exemplo o novo conceito de navegação eletrônica e de auxílios à navegação, incluídos nesse contexto a cartografia e os sistemas de coleta de dados de grande capacidade. É preciso portanto, continuar a dispor de pessoal altamente qualificado e equipamentos e sistemas modernos para manter o brilho dessa estrela guia.



“Se marcares, ao largo, o lampejo

De um farol a mostrar o caminho,

Saberás ser o nosso desejo

Que jamais tu navegues sozinho.”



Esse sentimento do hidrógrafo de jamais permitir a solidão do navegante é que tem permitido à Sinalização Náutica brasileira perseguir o estado da arte, acompanhando as mudanças relevantes, entre as quais as modificações trazidas pela eletrônica com o uso de sofistificados auxílios à navegação como RACONS, sincronismos de lanternas e DGPS, harmonizando-se a sinalização nacional com os padrões internacionais.



“Já conheces do fundo a prumada

Sem haveres lançado o teu prumo,

Pois navegas em área sondada,

Pela carta indicamos teu rumo.”



Do prumo de mão à batimetria multifeixe.

De um Brasil que começou com a hidrografia narrada na Carta de Pero Vaz de Caminha aos modernos sistemas eletrônicos de navegação, tem-se a dimensão das dificuldades enfrentadas pelos pioneiros da hidrografia e dos novos e exigentes desafios de preparar nosso pessoal e meios para a utilização do sonar multifeixe, que já é uma realidade. Os métodos antigos se unem aos contemporâneos como formas complementares de um processo, a partir de um conhecimento construído por uma família unida por 129 anos de existência



“Se, em batalha, o feroz inimigo

Tu combates altivo e sem medo

Na Esquadra, estaremos contigo,

Desvendando do mar o segredo.”



De Riachuelo à Segunda Guerra Mundial, conflitos ensinam a não desconsiderar as atividades, as preocupações e os anseios da gente da caserna. Para que a Esquadra cumpra sua missão com eficiência e eficácia é necessário que conheça o ambiente de seu teatro de operações.

Nesse contexto, a DHN contribui para desvendar os segredos do mar, os quais, gradualmente, passam a compor um extraordinário mosaico de informações ambientais basilares na condução das operações navais.



“Marinheiro, do teu passadiço,

No oceano, em um rio ou baía,

Sentirás ao teu lado o serviço,

E a grandeza da hidrografia.”



Senhoras e Senhores, minha tripulação! Eis nesta última estrofe, consubstanciada nossa maior aspiração: o reconhecimento pelo homem do mar da grandeza da hidrografia. Essa aspiração só será uma constante realidade se continuarmos a cultivar com altivez os valores de nossos ilustres antecessores e o respeito ao trabalho de equipe, sem autorias individuais. A Hidrografia é grande por ser imprescindível nas esferas militar e civil. É grande ao projetar o país nacional e internacionalmente. A grandeza dela se contempla de todos os passadiços, em particular dos de nossas Forças Navais. Nossa instituição valoriza a forte interação com o setor operativo de nossa Marinha, com instituições de ensino superior no país, com os organismos estrangeiros, configurando-se desse modo a conjuntura sinérgica essencial ao cumprimento de nossa missão. O exemplo mais eloqüente dessa sinergia é essa bela cerimônia que realizamos todos os anos, em que se encontram, com orgulho e alegria, os hidrógrafos de todas as especialidades e formações profissionais e os amigos desta casa de Vital de Oliveira. Parabéns a toda a família hidrográfica.



PAULO CESAR DIAS DE LIMA

Vice-Almirante

Diretor



Os Hidrógrafos só tem a agradecer mais uma vez os valores do Almirante Paulo César, que simplesmente enaltece e mostra a Grandeza da Hidrografia, aonde no SITE do Bode Verde, http://bodeverde.tripod.com , sempre atento, nos informa os acontecimentos dos fatos mais importantes, e numa triste mensagem informou o desaparecimento do Comte Miguens que escreveu e nos deixou o famoso LIVRO de Navegação, Ciência da Navegação, compêndio inédito da Hidrografia e Navegação em três volumes e partiu deste mundo, sabendo que estaremos sempre do seu lado, sabendo ser o nosso desejo que jamais tu navegues sozinho” , que aqui na TERRA cumpriu sua Missão e nós o louvamos em nome da Segurança da Navegação.

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