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Artigos-->Delinquência Infantil-repassando -- 19/11/2005 - 19:35 (Alkiria Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





repassado por Marcio Menezes de momentos enriquecedores - Yahoo Gruopos:

DELINQÜÊNCIA INFANTIL

AMILCAR DEL CHIARO FILHO



Os adultos estão perplexos com as maldades que muitas crianças

são capazes de fazer. Não raro, elas se mostram cruéis, a ponto de assustar

até policiais acostumados a combater o crime adulto. Os exemplos são muitos,

no estrangeiro, e também aqui em nossa pátria. Mas não vamos enumerá-los,

nem demonstrá-los, pois qualquer pessoa que assiste televisão, ouve rádio e

lê jornais, está sabendo o que se passa no mundo.

Mas quais são as razões para isso? Estaria certo o pensador que

diz que a criatura nasce boa, mas a sociedade a corrompe? Não! Não podemos

aceitar essa afirmativa diante do conhecimento espírita.

O que ocorre então? É o que vamos tentar analisar.

Sabemos através da Doutrina Espírita, que essa não é a primeira

vez que nascemos aqui na Terra. Somos criaturas milenares, já tivemos

muitas reencarnações, e construímos uma personalidade, que a cada

renascimento objetivamos melhorar. Cada ser humano que nasce aqui na Terra

já traz a maldade ou a bondade sedimentada anteriormente. A misericórdia de

Deus faz com que nasçamos pequeninos, completamente dependentes de nossa

mãe, pois, entre os mamíferos, somos os únicos seres que, se não formos

colocados ao peito, morremos de fome. Nascemos com a aparência da inocência.

Passamos pela lei do esquecimento, e as virtudes e defeitos da nossa

personalidade ficam em letargia, e se manifestam como tendências e vocações.

Logicamente os exemplos têm um grande peso na formação da

personalidade atual. Ela desperta tendências e vocações, embora seja

possível resistir a essas tendências. Por exemplo: existem pessoas

maravilhosas, dignas, honestas, dedicadas ao bem, no seio de famílias

desestruturadas, com

elementos maldosos, ruins e desonestos. E também criaturas viciosas e ruins,

violentas, criminosas, no seio de famílias bondosas e honestas. Portanto, a

inocência demonstrada pelas crianças nos primeiros anos de vida, nem sempre

é uma superioridade real, mas é a imagem do que elas deveriam ser.

Ao fazê-las assim frágeis e com aparência da inocência, Deus visa também os

pais, pois o amor ficaria enfraquecido se a criança demonstrasse um caráter

viril, impertinente. Entretanto, com o crescimento, ela começa a demonstrar

seu verdadeiro caráter. Se ela não foi educada devidamente, até então, daí

para a frente tudo será mais difícil, e a dor passa a ser a educadora. As

tendências malvadas, que ficaram ocultas pelo véu da inocência, aparecem com

todas as suas cores e matizes.

Existe ainda outra grande utilidade para a infância. Como a

finalidade da reencarnação é a evolução, a debilidade dos primeiros anos

torna-as flexíveis, acessíveis aos conselhos e exemplos dos que devem

fazê-las progredir. Elas podem, então, reformar o seu caráter e reprimir as

suas más

tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela

qual terão que responder.

O período infantil é uma lei natural de mundos como o nosso,

talvez de todos, e a sua utilidade é inquestionável. É por isso que, os

reformadores sociais, não encontrarão as respostas completas sobre o porque

da criminalidade infantil, da crueldade e viciações apresentadas por muitas

crianças.

Embora muitas causas apontadas pelos sociólogos e educadores

estejam certas, só a preexistência pode explicar inteiramente.





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