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Artigos-->Eclóga Nocturna -- 22/11/2005 - 14:18 (António Torre da Guia) |
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ffdd11 size=3>ÉCLOGA NOCTURNA
Para mim a noite desce a jusante do meu querer
entre as brumas da memória que me ensombram o hino,
enquanto a vida escurece e eu nada posso fazer,
sitiado pela história que me traiu o destino...
Na corrente aos trambolhões, que o Poeta experimentou,
por mais que me agarre à margem, meu corpo segue adiante,
marchando contra-os-canhões que o passado me legou,
hoje um povo sem coragem que já não sonha avante...
Cansado e recansado, desiludido me estreito
na jangada poluída que está prestes a afundar-se,
não no mar dantes cantado, mas na terra de meu peito...
Já defronte à solidão, onde vislumbro meu leito,
só reclamo ao silêncio, pró que de mim vai finar-se,
que a noite caia serena sobre meu sono perfeito...
António Torre da Guia
Imagem de Milazul |
Som = Folow the Sun |
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