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Artigos-->Aperto das Mãos -- 24/02/2005 - 15:40 (ELMO FABIANO MONTEIRO PEREIRA) |
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O APERTO DAS MÃOS”
As mãos se unem num aperto solene de solidariedade e afeto. Um simples
apertar de mãos, consola, alivia e traduz sentimentos. Foi sempre o gesto
das mãos que trouxe cura para os enfermos. Nenhum ritual se desenvolve sem os movimentos adequados das mãos. Jesus usou muito o toque das
Mãos para as suas curas. Na “corrente” o estreitar das mãos deve ser for-
te e sentir através deste aperto, a passagem da energia.
Nos cultos as mãos tem função mística, seja num gesto de extrema-unção
ou no símbolo de uma benção. O Aprendiz Maçon deve usar as suas mãos
para desbastar a Pedra Bruta, com gestos precisos e primários.
Paulatinamente, educando-as , aprende a dar a cada mão uma tarefa dife-
rente, usando-as ao mesmo tempo com o Buril em uma delas, na outra um
Malho, aprende a dar forma estética a obra até que abandona as ferramentas para dedicar-se ao polimento, quando usará toda a arte e paciência.
A energia é transmitida em grande parcela através da mãos, saidas das
forças advindas do poder central , aquele que se empenha em doar, receberá
em proporção maior. Não se trata apenas de uma troca, não é uma sim-
ples comunicação, mas um real contato dinâmico distribuindo equilíbrio.
O acumulador não pode tão somente acumular energias, sob pena de explo-
dir. As forças contidas no ser humano não podem ser apenas armazenadas,
torna-se preciso distribui-las para que haja maior produção e criatividade.
O calor fraterno se expressa através do aperto de mãos. Entre nós o aperto
das mãos traduz um cumprimento muitas vezes polido e convencional, de
respeito e mesmo intimidade, contudo há povos que se cumprimentam de
modos diversos,até esfregando os próprios narizes como fazem os Esquimós.
Mas, na cadeia de união, aqui ou em qualquer lugar haverá o aperto das
Mãos traduzindo a distribuição da energia e o sentimento da união fraterna.
Se o toque dos pés produz o primeiro contato, o aperto das mãos ultrapassa
o simples toque, porque há um entrelaçamento de dedos e uma função de
garras que firma os músculos, como que exigindo a passagem da energia,pa-
ra depois realizar-se o terceiro toque imaterial através da mente. Qual o
toque de maior importância? Evidentemente, todos os três, porque cada um
deles possui a sua função e executa a sua missão peculiar. Os três deverão
atuar uníssonos, por isso a exigência da perfeição. As mãos unem de uma
forma mais evidente e serão elas que formarão a corrente, unindo os elos.
A expressão maçônica de que a mão esquerda não saiba o que a direita faz,
na Cadeia de União assume o seu real significado, pois a mão direita irá
apertar a mão do Irmão que está colocado à esquerda e a mão esquerda do
Irmão que está colocado à direita. Sendo a função igual, haverá porém distribuição de energia para os dois polos totalmente diversos.Quem poderá
medir a quantidade de energia dada e recebida do Irmão da direita ou da
esquerda? A distribuição não é uniforme nem o recebimento. A mão direi
ta não saberá o que a mão esquerda recebe ou fornece. A mão traduz “Poder”. Lemos no livro de “Êxodo” Cap.7 Vs. 4”Colocarei
a mão sobre o Egito”, disse Jeovah. Mais adiante: “ Quando Moisés erguia
a sua mão os Israelitas venciam.” O Profeta Zacarias Cap.14 Vs.13, assim
descreve o reino de Jeováh: “naquele dia haverá de parte de Jeováh um
grande tumulto entre eles, pegarão cada um na -Mão- de seu próximo...”
O Messias fêz séria advertência: “E se tua mão direita fôr ocasião de pecado
corta-a e lança-a de ti, porque é melhor perecer um de teus membros ,doque
ir todo o teu corpo para o inferno (Matheus Cap.5 Vs.30). A mão pode sim-
bolizar a identidade física de uma pessoa como vemos na expressão doNaza-
reno: “ mas eis que a mão do meu traidor esta comigo sobre a mesa” (Lucas
Cap.22 Vs.21) . A expressão maçônica: “livre e de bons costumes” encontra
se nos Salmos e em toda a sua plenitude. “Livre” de qualquer mácula
produto de obra de suas mãos; os” bons costumes” advindos de um puro coração . O Profeta Isaias, Cap.35 Vs.3 descreve: “confortai as mãos fra-
cas e firmai os joelhos que vacilam “ dizei aos tímidos de coração:
“Sede fortes, não temais”.
Aos meus Irmãos para uma reflexão.
Valença, 24 de julho de 2001.
Elmo Fabiano Monteiro Pereira
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