993300>Se Lula, após o eclodido escândalo do "mensalão" - que eu desde logo considerei assunto para diluir-se entre a lengalenga política - são de facto as que tenho lido na imprensa, o presidente tem-se revelado, em explícito peso de consciência, um coabitante deveras inserto na marosca.



Leia-se, por exemplo, este pedaço de texto que colhi algures numa fonte brasileira:



"000099>Na semana em que as pesquisas eleitoras mostraram pela primeira vez que o presidente Luiz Inácio ficaria atrás de José Serra no primeiro turno, Lula afirmou em discurso que a oposição ao seu governo "já vem gritando há algum tempo". Mas assegurou que o fôlego dela "vai terminando quando se aproximarem as eleições". Na cerimônia de lançamento da pedra fundamental da refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, a 45 quilômetros de Recife, o presidente reconheceu que o Brasil já vive um clima pré-eleitoral. Porém, afirmou que não vai antecipar a decisão de disputar ou não a reeleição.



"Não irei me precipitar. Não sou candidato antes do tempo de definição. Não farei o jogo rasteiro dos meus adversários, não jogarei pequeno e nem baixarei o nível", declarou na cerimônia em que estava acompanhado do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Descontraído, Lula afirmou que no dia em que decidir se disputará a reeleição, será "para ganhar outra vez". Ele prosseguiu seu discurso afirmando que, se por ventura optar por não disputar um segundo mandato, vai escolher "um companheiro para ganhar a eleição".



Como se constata - que gracinha engraçada até na companhia - por assaz ridiculamente medíocre na expressão, Lula sequer dá por isso que se confessa por entre as nesgas das palavras. Quem de princípio bem tenha acompanhado sua lengalenga, tem de forçosamente interrogar-se como é possível que uma grande nação tenha à cabeça do seu destino um brincalhão rude e sobretudo um perigoso inepto.



Oh... A oposição ao seu governo "já vem gritando há algum tempo"? Ora, pois, Lula ouve sem dúvida muito melhor os opositores do que o povo brasileiro, porque esse, há decénios que vem gritando em silêncio a sustentação do Brasil.



Se Lula não for às urnas - quanto a mim o cara-sem-cara vai mesmo - quem irá então designar? Quiçá, em lugar de si - o "mensalão" - se bem olhar pelo seu futuro na reforma, irá proclamar o "anualão"!...



Ai... Rosinha... Que estás tão caladinha...