O povo brasileiro está abandonado. Abandonado pelos três Poderes, em todos os níveis. Enquanto o Presidente Lula executa suas piegas, o Ministro Palocci distribui dinheiro do povo ao FMI, numa antecipação não pedida. E a miséria e a conseqüente violência campeiam nas ruas e nos lares desprotegidos.
No Executivo, o Presidente Lula acolhe o chefe do MST, sr. Rainha, um criminoso diversas vezes processado, mas protegido pelo manto da impunidade e da conivência governamental, colocando o boné do MST na cabeça e fazendo graça, como se estivesse num picadeiro.
As crianças são esquecidas pelo Estado, abandonadas à própria sorte pelo Estado, e acolhidas, de bom grado, pelos traficantes de drogas que as utilizam como pequenas “operárias” do tráfico. São crianças sem futuro ou com o futuro da morte prematura.
No Rio de Janeiro, a Governadora Rosinha anda às voltas com a candidatura de seu marido Garotinho, que ainda não cresceu. O Sr. Ataliba, o “chefão” da Segurança, finge que combate o tráfico de drogas, trocando tiros com os bandidos no meio das favelas sempre em expansão. Erradicar favelas não é com ela, Governadora, nem com governo algum. Mas o descaso para com as necessidades do povo, como a educação, saúde, transporte e uma vida digna não é só do Rio de Janeiro, mas se reflete em todos os Estados brasileiros.
É comum vermos, nos noticiários, crianças maltrapilhas e raquíticas trabalhando como adultos sadios. E os governantes nada fazem para acabar com esse estado deplorável de coisas.
Os governantes, na verdade, parece que não sabem qual é o papel do Estado. Não será, certamente, o de distribuir dinheiro aos banqueiros nacionais e internacionais, mas o de prover o povo, de modo geral, de suas necessidades básicas. Mas nem isso.
Os bilhões de dólares que o sr. Ministro Palocci, com alarde, antecipou ao FMI, daria para que o Estado cumprisse um mínimo de suas obrigações para com o povo. Mas isso não faz parte da preocupação do Governo. A preocupação, no plano internacional, é “estar bem” com a comunidade financeira; internamente é a reeleição, para que as coisas continuem como sempre estiveram: corrupção, enriquecimento ilícito e todas as formas de saques ao dinheiro público.
O cartunista Kacio, do Correio Braziliense, dá um recado diário ao Presidente Lula. Mas ele não lê, ou se lê, não entende, porque é mais um analfabeto funcional.
Ao abrirmos os jornais ou assistirmos aos noticiários pela televisão nos vêm a sensação que só existem ladrões no Brasil. Será que também sou e não sei?
Os Poderes Legislativo, Nacional, Estadual e Municipal se transformaram em verdadeiras quadrilhas políticas, saqueando os cofres públicos sem o menor pudor. Perderam totalmente a vergonha.
A Assembléia Distrital, em Brasília, já deveria ter sido extinta, com aplauso de todos ou de quase todos os brasilienses. É, como chama um leitor do Correio Braziliense: a “Casa do Espanto”!
E o povo continua abandonado pelos três Poderes. Pelo Poder Executivo, comandado por um Presidente sem vocação para presidir, afetado por uma vaidade de ser um ex-operário que chegou ao ponto máximo da República, mas que só sabe fazer pilhérias e fingir que tudo vai bem, quando sabemos que tudo vai mal.
O Poder Legislativo já esqueceu sua função de legislador. Limita-se a aprovar as medidas provisórias concebidas pelos tecnocratas do Governo e que raramente dizem respeito aos interesses do povo.
O Poder Judiciário, por sua Entidade máxima, o STF, está hoje limitado a conceder hábeas corpus aos marginais de colarinho branco. Lá existem os “bons juízes”, que sentem pena de comprovados corruptos, considerando uma” violência”, por exemplo, a prisão do sr. Paulo Maluf, que saqueou o povo paulista durante anos de seu governo. Não sentiu “pena” do povo saqueado. O exame imparcial da constitucionalidade das leis e dos atos de poder foi esquecido pelo STF, quando esse é a sua principal função.
Para agradar ao Governo, que queria agradar o FMI, não tiveram pejo em cobrar a contribuição previdenciária dos inativos e pensionistas, embora flagrantemente inconstitucional. Pois sete Ministros do STF acolheram os falsos argumentos do desastrado Governo Lula, mas sabendo que eram falsos.
Sobre esse fato, aliás, uma pergunta: para onde está indo esse dinheiro todo, se não para ajudar no pagamento ao FMI, ou, quem sabe, dar uma mãozinha no “Caixa 2” do PT?
Os Hospitais públicos estão falidos. Não há médicos, remédios, leitos, enfim, a mínima condição de funcionarem. E o povo, necessitado de tratamento, jaz abandonado.
A Educação, seja em nível federal, estadual ou municipal, é caótica, ficando evidenciado o pouco caso para com uma das mais importantes funções do Estado. As rodovias foram abandonadas, gerando enormes prejuízos aos usuários e à própria nação.
Mas o povo brasileiro é gozador: gosta de seu futebol “melhor do mundo”, que serve como ópio amortecedor da razão. Distrai-se com as indecentes e violentas novelas, que só servem para “imbecilizar” as mentes dos ouvintes. E depois os “Âncoras” das Emissoras de Televisão reclamam da violência urbana como se seus patrões não tivessem nada com isso.
O povo também está entregue à propaganda do álcool. E não é difícil perceber que a mocidade está cada vez mais se embriagando, comprometendo sua saúde em nome dos tributos que as indústrias de bebida pagam ao Governo.
