Submissão ou implosão Leio algures que a CPN do PS reune-se em 31 de Janeiro para analisar a estrondosa derrota política de Mário Soares e o inopinado êxito eleitoral de Manuel Alegre, já que, neste momento, será estupidamente estulto polvilhar com cinza negra o aprazível rescaldo que deu à luz o novo Presidente da República.
As incógnitas factuais da equação em reapreço estarão pois naturalmente sobre a mesa: a surpreendente maioria legislativa, nunca dantes lograda pelo PS, atribuída em exclusivo a José Sócrates e, em abrupto imediato, as derrocadas nas autárquicas e nas presidenciais.
Logo, a nu e cru se constata que os portugueses estão fartos de esconsidades partidárias e procuram sobretudo líderes com envergadura cívica que serenamente os empolguem, conduzindo o país a porto seguro.
Como vai o PS, após o flagrantíssimo puxão do tapete - até no "the end" eleitoral se lhe meteu a cortina - tratar doravante Manuel Alegre? Sem dúvida, para evitar que num derradeiro abanão os 15% se reduzam a nada, terá de ser o mais jovem dos socialistas, que deveras é o que sobra, a evitar a implosão, submetendo-se aos factos e à inequívoca vontade do povo. Torre da Guia / Porto
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