Os mortos, exprimem-se?!... Aos seguidores de Cristo e de Maomet, a partir, respectivamente, dos anos 33 e 632, sabe-se quanto em aprazível circunstância a morte natural tem minorado a capitosa carnificina.
Pessoalmente, logo que consegui colocar o raciocínio nas entranhas de uma árvore, não tenho a mínima consideração pela postura sofismática dos que se sentem pecadores permanentemente perdoados e dos que se descalçam para bater com a cabeça no chão a sacudir culpas.
Em 2006, se já estivesse cego, creio que taparia os ouvidos para não escutar as bestiais façanhas duns e doutros. Nunca estarei ao lado daqueles que não lutam, sob seu próprio nome, pela harmonização do bem e do mal.
Do religioso imbróglio, que assolapa qualquer humano com dois dedos de testa, destaco a tácita tendência para a impositiva "testeira-venda-mordaça-coleira" sobre outrem. Os imbecis sentem-se em esplêndido conforto com a submissão do cão e entram em pânico com a presença do lobo.
Apre, gentes, como poderá a humanidade pacificar satisfatoriamente os actos enquanto não extirpar de seu seio os que perseguem a liberdade de expressão? Então, aquela do Maomet com uma bomba no turbante é mentira? Como denunciar aqueles que em nome de profetas têm levado para o infinito tantos fieis de Cristo e vice-versa? Mais: como denunciar os que ainda empolgam os seus povos para a morte?
Torre da Guia / Porto
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