O mundo do trabalho está caminhando sobre areia movediça. Estudiosos observam inquietos e preocupados, o desmonte de grandes fábricas situadas nos países industrializados, a maciça desaparição de milhares e milhares de empregos e a sua migração, em número muito menor, para os países que viraram o chamariz da vez: China, Índia, Paquistão.
Os empregos que sofrem tal migração, na realidade, aportam naqueles países em número reduzido e com gastos infinitamente menores para as grandes corporações, pois o salário pagos naqueles países é irrisório, se comparado ao salário pago nos países ricos.
É a dança do dinheiro no mundo capitalista e globalizado.
Qual será o impacto nas sociedades desenvlvidas daquelas oportunidades de emprego desaparecidas?
Como serão elas absorvidas na tecitura social de tais comunidades?
Quais os reflexos que advirão para o Brasil nmo meio de tal conjuntura, desde que o nosso país não está capacitado, ainda, para receber os influxos de tal onda ?
São indagações feitas pelos estudiosos, que não possuem nas mãos os dados e os elementos que lhes fornecerão as pistas para o que vai acontecer.
As mudanças ocorrerão fatalmente, mas não se sabe em que intensidade e em qual setores de nossa ainda frágil sociedade serão mais sensíveis.
Os arautos do pessimismo já alardeiam mudanças catastróficas, comoções sociais, guerras, disputas. Pitonizas modernas, assim como que não quer nada, mas querendo, espalham idéias de superpopulação e outras mais, que os incautos e os imprevidentes poderão arrepanhar para fins destruidores.
O homem é o lobo dele mesmo, segundo a afirmação de Hobbes. Ele inveja, ambiciona, maquina, preda, destrói, mata, desfigura.
É preciso muito cuidar para saber direcionar esta força colossal que se avizinha e se anuncia por aí.
É bom cuidar das coisas que resultaram de anos e anos de sofrimento e de conquistas doloridas, para que não se percam no roldão da enxurrada.