Há três anos, contra a maioria da opinião internacional, estes quatro figurões, evocando uma perigosidade inexistente e burlando por completo as bem intencionadas expectativas da humanidade, combinaram e determinaram entre si a invasão do Iraque. Resultado: produzidas largas dezenas de milhares de mortos - mulheres, crianças, gente inocente - o povo iraquiano está actualmente em vias de auto-destruir-se e o terrorismo continua cada vez mais ameaçador e empolgado, desenvolvendo-se um catastrófico conflito cujo fim não há meio de divisar-se.
Então, se bem nos lembrarmos, tudo iria ser cirurgicamente limpinho, rápido e eficaz. Daí, o que é que se vislumbra entre as sombras de tão estúpida incúria?... Um dia destes, advindo desta e doutras irresponsáveis peripécias que os angélicos monstros políticos gerem, o inesperado mais uma vez nos fará surpreender, logo que abrirmos a boca de espanto até às orelhas e os olhos até à ponta dos cabelos, borrando-nos de medo...
Entretanto e todavia, qualquer um dos quatro "nabos" em apreço, persiste em sua equivocada razão e apresenta-se argumentando sob um "se" que - ora pois, evidentemente - afirmam e confirmam servir-nos exclusiva e proveitosamente: pum!...

António Torre da Guia |