Humor fedorento!... Há dias, na apresentação do estupidificante "Gato Fedorento", a nossa "inteligentíssima" televisão, voraz concorrente da estupidificação canalizada que se implanta e em equivalência ao nosso histórico "faz-nos rir", fez memória sobre os saudáveis Vasco Santana, António Silva, Ribeirinho e Raúl Solnado, como se a saudade do perfume benquisto tivesse algo a ver com o repelente fedor miolar que cada vez mais persiste inundar o cérebro dos portugueses.
Sobre aqueles que actualmente e com tradicional dignidade se esforçam por seguir os antigos êxitos e estar à medida dos ouvidos e dos olhos dos nossos filhos - António Feio, Fernando Mendes, Guilherme Leite, José Pedro Gomes, Luís Aleluia e Nicolau Breyner - sequer um relance visual mereceram, mas também se safaram da fedorenta equiparação.
Sobre Herman José, regimental palhaço mor que ao longo de trinta anos fez quanto pôde para que engolíssemos a vontade de rir, podia-se lá passar sem a lembrança do Toni Silva. Quem diria que um galã viria a dar no dissoluto e oxigenado Nelo das meiguices?
Com a televisão a feder bem mais do que o "Gato Fedorento", haverá porventura neste momento em Portugal alguém que tenha vontade de rir com semelhante cheiro?
Torre da Guia / Porto
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