Então, a consagrada poetisa Brandina cometeu plágio?
Bem: sabe-se que a escritora Carolina Nabuco plagiou, com seu romance "A Sucessora",o romance "Encarnação", do escritor cearense José de Alencar. Já o grande compositor carioca Lamartine Babo, plagiou a marchinha "O teu cabelo não nega", da autoria dos Irmãos Valença.
Enquanto Catulo da Paixão Cearense lançou a famosa canção "Luar do Sertão", sem citar o autor da música, que foi João Pernambuco: quer dizer, houve uma parceria - letra de Catulo e música de João Pernambuco, que não constou do disco...
De modo que coisas desse tipo acontecem com muita gente famosa, com quase anônimos e anônimos mesmo. Até o Rei, Roberto Carlos, tem sido acusado de plágio,por brasileiros e argentinos!
Agora, D. Jandira, sem provas, insinua, na Usina de Palavras, que a minha trova premiada com Menção Honrosa, no I Concurso Nacional de Trovas de Brumadinho-MG(2004):
Sendo o sonho uma esperança,
também chamada ilusão,
faz-nos, sempre, ser criança
vendo bolhas de sabão..."
seria plágio de trova do "ilustre desconhecido" Georges Dias e que consta da página 26("Sendo o sonho uma discrepância / entre a realidade e a emoção, / faz-nos voltar à infância / vendo bolhas de sabão"), do livro "Trovas Múltiplas", de tal trovador.
Não quero, de maneira nenhuma justificar nada, citando os casos verídicos que citei. Inclusive, fui amigo da saudosa Brandina Rocha, cuja residência frequentei, em Moreno-PE (aqui perto do Recife) e ela, embora concordando que a trova de Cândido Canela foi escrita antes da dela, nunca aceitou ter cometido plágio!Quanto à minha pessoa, nunca lera antes a trova do Georges Dias.
Daí, gostaria que D. Jandira publicasse na Internet a capa do livro "Trovas Múltiplas", para que se possa ver a data de quando foi publicado. Do contrário, sem comprovar as insinuações, a autora não passa de uma leviana!