O Vaticano, apesar de todas as tragédias e desgraças, entre equívocas considerações laterais, é contra os métodos anticoncepcionais e, por consequência, ainda não aprovou em religioso ofício o uso do preservativo. No entanto, acha muitíssimo bem que os casais se façam proteger por um cristo à cabeceira da cama.
Ultimamente, sobre a educação sexual de crianças e de jovens, sobretudo na televisão, tenho visto e ouvido prosápias e lenlengas do arco-da-velha. Os diversos lados da questão engalfinham-se em confusa e tenaz polémica, cuja subjacência, sempre em nome da "boa moral", se fundamenta em interesses pessoais da mais diversa e estranha índole.
Quanto a mim concerne, a decisão está desde há muito tomada: enfio um imaginado preservativo num corno, ou até nos dois, e é por aí que evito eficazmente qualquer espécie de nefanda contaminação ou impiedoso corte.
No que aos outros toca, pela minha parte e em face da decadente actualidade, procedam como quiserem: inclusive, poderão usar preservativos nos alimentos e no ralo do chuveiro. No fundo e resumindo, trata-se de ir ou não pró caralho, e isso é uma decisão íntima que, entre adultos, a cada um cabe tomar.
No que ao futuro comporta, sobre como prevenir a boa saúde dos vindouros, tenho uma sugestão deveras positiva e eficaz para propor: aos recém-nados, desde já e doravante, apliquem-se dedeiras nos dedos indicadores e polegares. Logo que deixem de chuchar no dedo e despontem para os primeiros cios, as meninas e os meninos não terão pejo algum na utilização da providencial dedeira pró dedo grande.
Tenho a certeza absoluta de que é assim que se educa, sem ser preciso carradas de paleio anódino e imbecil, quase sempre debitadas por uma cambada de pulhas oportunistas que metem profundo nojo e me colocam com ganas de comê-los vivos. Odeio-lhes o nariz !...