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Artigos-->ISOLDE, O TIRADENTES E A CONJURAÇÃO MINEIRA -- 14/04/2006 - 09:45 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Isolde Helena Brans, advogada e historiadora gaúcha atualmente radicada em Campinas-SP, é sócia correspondente do IHG de São João del-Rei e tem dedicado a sua vida para provar que o são-joanense Joaquim José da Silva Xavier esteve na Europa, entre 1787 e 1788, para articular apoio político e o financiamento do movimento libertário que eclodiria em Minas Gerais, no ano de 1789.

No seu livro “Tiradentes Face a Face”, Isolde apresentou interessantes argumentos e fac-símiles dos documentos que provam os contatos dos conjurados com Thomas Jefferson. Tiradentes teria viajado clandestinamente à Europa para um encontro com Jefferson que, naquela época, além de líder da independência americana, era embaixador em Paris. Os encontros foram realizados na França e um deles ocorreu nas ruínas da cidade histórica de Nimes; além do Alferes, participaram os estudantes Álvares Maciel, Joaquim da Maia e Domingos Vidal Barbosa (que já se encontravam no continente europeu). A missão teria recebido o nome de “Operação Vendek”.

No Arquivo Ultramarino (Lisboa), registrado no "Livro da Porta", onde se cadastravam as pessoas que chegavam à Corte, Isolde descobriu o registro de Joaquim José da Silva Xavier, com a data de 4 de setembro de 1787. Na Torre do Tombo, no livro 30 da Chancelaria da Rainha D. Maria I, também há referência à chegada do Tiradentes em Lisboa.

O capitão do Regimento de Cavalaria Auxiliar de Vila de São José, João Dias da Mota, em depoimento nos Autos de Devassa, afirmara que o Tiradentes vinha planejando o levante há anos e que já o ouvira dizer que o Brasil seria livre do domínio português com o apoio da França e da ex-colônia inglesa. Uma curiosidade: Tiradentes foi alferes do Regimento de Cavalaria de MG e é sabido que ele tirou licença do regimento em Villa Rica, de agosto de 1786 até 1788, período praticamente obscuro da sua vida e que coincide com os fatos levantados pela pesquisadora.

Assim, de acordo com as pesquisas da dra. Isolde, que passou vários anos estudando documentos no Brasil, em Portugal, na França e em outros países, fica demonstrado que aquele Tiradentes sempre retratado como mártir e sonhador, fora muito mais que isso: ele era um ativista de primeira linha, um estadista, um líder sensato e que, antevendo dificuldades, já costurava acordos comerciais internacionais e a sustentação política para um Brasil livre. Thomas Jefferson, segundo documentos pesquisados, teria declarado: "eu gostaria de ver as frotas do Brasil e dos EUA navegando juntas como confrades de uma mesma família e perseguindo os mesmos objetivos".

Creio que esta “revisão da História” é uma tese bem sustentada por documentação farta e confiável, que merece ser levada a sério pelas Universidades, sobretudo pelos professores do Departamento de História da Universidade Federal de São João del-Rei, terra natal de Joaquim José da Silva Xavier.

“A meta a ser alcançada com o trabalho de Isolde Helena Brans é a do restabelecimento da verdade do nosso passado histórico, nem sempre nítido nos relatos oficiais da época colonial” (Carlos Alberto Ribeiro de Xavier, Secretário Executivo da Comissão do Bicentenário da Execução de Tiradentes,1992-1993). “O Brasil é o único país da América, em que existe, há mais de um século, uma campanha sistemática de desmoralização do precursor da independência. É tempo de se conhecer o verdadeiro Tiradentes...” (Waldemar de Almeida Barbosa). “Ao patrono cívico da Nação brasileira não cabe o perfil de “apenas-Mártir”. Seu vulto exige um necessário redimensionamento histórico, para ocupar, com justiça, o posto que lhe cabe nos compêndios escolares e na memória popular” (Isolde Helena Brans). Os depoimentos aqui apresentados fazem parte do livro “Tiradentes Face a Face”, escrito por Isolde e editado pela Xerox - Biblioteca Reprográfica Xerox, Rio de Janeiro, 1993.

Examinar, debater exaustivamente o assunto e a documentação já reunida é uma questão de justiça com a memória do Tiradentes e dos conjurados. Os documentos apresentados por Isolde clamam urgentemente por inserir a verdadeira saga do Tiradentes e dos seus companheiros de conjura na História do Brasil!

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