Ciência e Meio Ambiente
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Terça-feira, 11 de abril de 2006, 14h07
Experiências de quase-morte são fenômenos biológicos
Um pesquisador britânico publicou nesta terça-feira os resultados de suas pesquisas sobre experiências de quase-morte. Para o neurologista Kevin Nelson, da Universidad de Kentucky, em Lexington, nos Estados Unidos, esse é um fenômeno puramente biológico, que nada tem a ver com crenças religiosas.
“Eu vejo essas experiências como a ativação de certas regiões do cérebro, que também são ativadas quando sonhamos”, disse ao jornal britânico
Daily Telegraph. Além disso, pessoas que tiveram experiências de quase-morte são capazes de sonhar com mais freqüência do que os outros.
O estudo foi publicado pela revista
Neurology, da Academia Americana de Neurologia. “Todavia, eu hesito em chamar isso de ‘sonho’ ou ‘sonhar acordado’. Esta é a primeira hipótese testável para uma base biológica sobre essas experiências”, ressaltou.
Para seu estudo, uma experiência de quase-morte é definida como o período, durante um episódio de ameaça de morte, em que uma pessoa tem vários sentimentos, como a sensação de estar fora de seu corpo, atenção incomum, percepção de luzes muito intensas e um sentimento de paz. Durante as pesquisas foram comparadas 55 pessoas que tiveram estas experiências com 55 pessoas do mesmo sexo e idade que nunca as tiveram.
Foi descoberto que nas pessoas que já passaram por um episódio desses o limite entre os estados ‘desperto’ e ‘dormindo’ são mais difusos, e o estado de sonho – quando há o chamado REM (movimento rápido do olho, em português) – pode interferir na consciência.
Pessoas que sofrem uma intromissão do REM geralmente acordam e sentem que não podem se mover – a chamada paralisia do sono –, sofrem repentinas fraquezas nos músculos das pernas, e ouvem sons que outras pessoas não ouvem, geralmente logo antes de conciliar o sono ou logo após acordar.
Entre as pessoas que tiveram experiências de quase-morte, 60% acusaram intromissões do REM, enquanto que apenas 24% do outro grupo demonstraram os mesmos sintomas. “Estas descobertas sugerem que o estado de intromissão do REM contribui para experiências de quase-morte”, disse Nelson.
Nelson citou outro fator que apóia sua tese. Como o corpo desliga a habilidade de se mover durante o sonho, os músculos podem perder sua força. “Durante uma crise de intromissão do REM, essa falta de potência muscular pode reforçar a sensação de estar morto, além de trazer a impressão de morte para outras pessoas”, disse.
Redação Terra e
CREMESP – Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.
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