Após o controverso pico da revolução abrilina, em Março de 1978, Alberto João Jardim foi eleito pelo benquisto povo madeirense presidente do Governo Regional da Madeira, até hoje, 32 anos depois do estendal de esperanças que se foi gorando entre a implosão da crise permanente que cada vez mais e mais se empola.



Os seus adversários, e são muitos, politicamente, já o designaram de tudo quanto o vocabulário cassetista abrange, inclusive, covardemente, para não o levarem a sério, consideram-no um brincalhão. Todavia, Alberto João, há 28 anos ininterruptos que é encimado, pelo pleno democrático, lider legítimo da Madeira em nome de Portugal continuado: é inequivocamente único!



Frontalmente, como é e sempre foi seu timbre, Jardim declara-se ausente do 25 de Abril hodierno, porque sendo um cidadão de princípios, não pactua com tão estranhos e esconsos fins. No entanto, sem sub reptícias atitudes, desde sempre sentiu o esplendor da pátria brilhar ao sol da unidade.



Chamaram-lhe tudo? Tudo-tudo, não! Ainda não lhe chamaram corrupto oficial, e esse enormíssimo pormenor é tão-só bastante para que João Jardim não esteja nem partilhe do montão de cravos murchos que apenas exalam decepcção e de novo suscitam a revolta. O cravo de Jardim recolheu-se em seu coração.

Torre da Guia / Porto







993300 size=4>Quem diria que a Madeira,

Tão pequenino rincão,

Fosse da nação inteira

A bóia da salvação ?!...



Som = Linda de Suza em "Bailinho da Madeira"