000099>O presidente do F.C.Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, entre a longa e emaranhada trama da operação "Apito Dourado", acaba de ser ilibado de um dos itens acusatórios: afinal os "J e P" de Jacinto Paixão referem-se, sim, a Joaquim Pinheiro, irmão de Reinaldo Teles, e a tainada com meninas da "alta sociedade nocturna portuense" contituía tão-só um líbelo ridículo para negacear juízes parolos e, por tabela, dar cabo da vida doméstica aos acusados.
Embora de ouro, os cidadãos mais perspicazes e experientes nas ciladas da vida, decerto desde logo vislumbraram que o apito estava furado e completamente aquém do "famigerado sistema" que influi nos resultados futebolísticos dentro e fora das quatro linhas.
Neste caso, o que a mim deveras surpreende, é a gloriosa fórmula policial e judicial que foi usada para enlodaçar a dignidade do presidente do F.C.Porto e sobretudo desactivar o rendimento desportivo de um clube que quiçá se estava a tornar num "perigoso campeão político".
E agora, uma vez que a meada do intentado emporcalhamento cívico de Pinto da Costa está a desfiar-se em favor da sua isenção, que atitude tomarão os responsáveis pelo fabrico de tão humilhante atoarda? Retratar-se-ão publicamente ou o processo, useiro e vezeiro como tantos outros, segue avante para as calendas do mundo imbecil dos de fraca memória?
Torre da Guia / Porto |