Pela emoção causada pela cena do crime,muitas vezes repetida na tevê, do assassino Pimenta Neves atirando duas vezes na jovem Sandra Gomide,
o primeiro disparo atingindo-a nas costas, quando ela corria, tentando escapar da fúria do seu algoz; e o segundo - chamado "tiro de misericórdia" - na cabeça, quando caída, devido ao primeiro impacto. E, agora, as notícias sobre o desfecho do Julgamento, quando o réu confesso foi condenado, por unanimidade (7 x 0), pelo Tribunal do Júri, em 05/05/2006, em Ibiúna-SP, a 19 anos, dois meses e 12 dias de reclusão em regime fechado, tocou-nos a sensibilidade -forçando-nos a um pronunciamento, como uma gota d´água que seja... -, o fato do autor do crime hediondo não ter saído preso, após a sentença do MM. Juiz, considerando este "que a prisão só poderia ser feita após o julgamento de eventuais embargos que podem ser apresentados"(jornal Última Instância).
Foi chocante a gente vendo a reação das pessoas indignadas pelo fato do criminoso ter saído livre do Tribunal, como se a votação unânime dos jurados (7 x 0) tivesse sido a favor do assassino!
O que, infelizmente, se prevê, é que o réu não passará mais nem um dia na cadeia (passou sete meses após o crime), dado a morosidade da Justiça, e, também, porque ao completar 70 anos em 2007, terá a pena reduzida para 1/6 e, ainda, como é réu primário e se tiver boa conduta carcerária, etc., não voltará ao xilindró a que faz jus pela sua atitude cruel de tirar a vida de uma jovem, que não quis continuar o relacionamento amoroso.
Ora, se todos(as) que fossem rejeitados agissem da mesma forma que o indigitado Pimenta Neves, seria um não mais acabar de julgamentos tardios
(a julgar pelo caso em tela que durou 6 anos...), com finais diferentes: se rico(a) e conhecido(a), aconteceria como ocorreu comm o Pimenta... Se pobre - sem bons advogados - iriam, imediatamente, para as prisões superlotadas...
Em conclusão, sou daqueles que acha que o assassino Pimenta Neves devia estar na prisão, para atender ao clamor público, devido ao crime hediondo por ele praticado.