Entre os dias 13 e 15 de abril, o Estado de São Paulo foi sacudida por uma onda de atentados, que lembram ataques terroristas, sob as ordens do PCC, organização criminosa que, há anos, vem dominando o cenário da criminalidade.
Existe um conjunto de fatores já sabidos por todos para que tais afrontas aconteçam: a principal é o descaso para com a educação do povo brasileiro. A falta de educação é fonte do desemprego, da falta de valores morais, do descaso pela vida. Mas não é só: irradia a miséria, a promiscuidade, a falta de esperança e, por conseqüência, a insatisfação e a vontade de vingança contra a sociedade. A sociedade passa a ser culpada pelas desgraças daqueles que foram preteridos pelas políticas públicas.
Por outro lado, há uma eterna fonte de suprimento de toda essa situação: a corrupção, em nível cada vez mais crescente no Brasil.
Pelo canal da corrupção, políticos se elegem, roubam o dinheiro público e dão os piores exemplos que são seguidos pelos que não puderam se educar e caminharem pelo caminho do bem.
O tráfico de drogas tem sido diretamente responsável por toda violência que a sociedade brasileira vem sofrendo, a ponto de sentir medo de sair às ruas, aprisionando-se em seus lares como se o País estivesse em guerra.
Quem poderia acenar com uma solução para essa violência que nos assola seriam, no âmbito governamental, todos os governos da Federação – federal, estadual e municipal, este sempre omisso. Mas é do Congresso Nacional que devem partir as medidas legais de contenção, impondo leis mais rígidas para crimes, como o tráfico de entorpecentes, de armas, seqüestros, assaltos e estupros.
As leis criminais brasileiras são convites ao crime e encontra, no Judiciário, um “empurrãozinho”, a ponto de mandar libertar homicidas de notória periculosidade “em nome da lei” tal como ela é escrita, e não como deveria ser interpretada, pois toda lei tem uma função social mais do que individual.
A Polícia, diante de constantes rebeliões nos presídios, fugas, ameaças a carcereiros, se limita a negociar com os marginais mesmo assistindo o barbarismo por eles praticados contra esses desarmados carcereiros. E não fazem nada para evitar que eles sejam mortos.
A negociação deve ser realizada, mas tudo tem um limite. E quando esse limite é ultrapassado cabe à Polícia agir com rigor e, para isso, existe tropas de elite que sabem usar as armas para impedir tais rebeliões e desafios de marginais de cima do telhado dos Presídios.
Acontece que existe um entrave chamado de “direitos humanos”. Só que os defensores desses direitos humanos só vêm direitos em bandidos, não se importando com os policiais e os populares mortos. A isso eu dou o nome de “hipocrisia”. A hipocrisia é, na verdade, um obstáculo ao endurecimento do jogo em que os marginais muitas vezes são os ganhadores. É o caso dos ataques ao Estado de São Paulo e à sua sociedade que, por isso, ficou impedida até de trabalhar.
O Governo de São Paulo não quis ajuda federal, dizendo que a situação estava sob controle. Mas o controle foi conseguido, segundo uma Emissora de Televisão, através de “acordo de cavalheiros” entre a Secretaria de Segurança de São Paulo e os lideres do PCC. Uma capitulação! Uma vergonha!
A liberdade de presos para visitar a mãe, o pai, a avó; além do indecoroso e irresponsável indulto de Natal, que só beneficia os criminosos, que, assim que soltos, voltam a delinqüir, precisa acabar. É hipocrisia, além da irresponsabilidade.
Em resumo, não há a menor vontade de acabar com a criminalidade no Brasil. E somos todos nós que pagamos.