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Artigos-->Berro de um grandessíssimo cabra à Usina -- 08/06/2006 - 23:57 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O grandessíssimo cabra... Sou eu!...



Um prezado Amigo, quiçá surpreendido com o desconhecimento usinal, através de e-mail, alertou-me para o possível passamento da poetisa Olympia Salete Rodrigues.



De imediato, para dissipar qualquer dúvida, estabeleci vários contactos, mas não obtive a mínima certeza sobre a infausta ocorrência.



Ocorreu-me colocar o nome completo da Sal no buscador da http://www.google.com a fim de obter uma eventual indicação. Deparou-se-me este oportuno clique:



Jornal Diário

http://www.diariodemarilia.com.br/ver_noticia.php?noticia=39368

Alô, Olímpia Salete Rodrigues!

Cortinas deste Vitral se abrem com vocês ... Morreu Olímpia Salete Rodrigues, menina moça buliçosa, guerreira menina moça. ...



Dado que a inserção era de 21.05.2006, o falecimento da Sal aconteceu pois algum tempo antes e nós, Usineiros, todos entregues à habitual e louca teclação, sem de nada sabermos. É bom não se saber destas coisas em cima do acontecimento. Algum tempo depois, a facada é menos dolorosa, porque afinal, como exemplarmente versajava o Ary, "quem fica é que se lembra toda a vida".



Atente-se como o site "Jornal DÁRIO on line" na rúbrica "Vitral" abordava a morte da Sal.



000099>Vitral domingueiro, buliçoso, amistoso, abre espaço para momento de dor, para momento de ternura.



Morreu Olímpia Salete Rodrigues, menina moça buliçosa, guerreira menina moça.



Presença nas artes, presença no espaço cultural de sua Marília.



Salete gordinha, baixinha, manquitola, manquitolinha, não se mostrava bela, não se mostrava feia, seu sorriso, sua alegria, sua beleza.



Mocinha Salete criatura guerreira, vivendo em solidão na sua casinha, localizada no centro da cidade, enfrentou problemas com vizinhanças, enfrentou problemas com a justiça, que mandavam desfizesse ela de seus cachorrinhos.



Olímpia, mocinha guerreira, brigou, brigou e brigou, briga com vizinhos, briga com a justiça, causa pôr ela perdida, perdida, perdida.



Seus cachorrinhos, seus amiguinhos seriam aprisionados, seriam levados embora.



Marília, minha cidade!



Essa história, historiazinha conta um pouco, um pouquinho mais.



Mocinha Salete, mocinha guerreira, vendeu sua casa, mudou-se para longe, levando consigo seus cachorrinhos, seus amiguinhos que ladrando, ladrando afugentavam mal feitores, e mais, e mais, e mais, mandavam que a solidão atormentadora da mocinha Salete fosse acampar no outro lado da montanha, montanha, montanha.



Marília, minha cidade!



Amigos, meus velhos amigos!



Ventou, trovejou, o trovão ribombou, e choveu, e choveu, e choveu, e estamos nós pôr aqui, pôr ali, pôr acolá.



Alô, Bastião, Sebastião Carvalho Leme (89)!



Alô, Barreto, Barretinho (89)!



Alô, Doutor Mendes (92)!



Até quando, até quando, até quando estaremos nós pôr aqui?



Marília, minha Marília!



Amigos, meus velhos amigos!



Vitral buliçoso, amistoso abriu suas cortinas com Torrinha, cidadezinha do Basílio Bonini.



Marília, minha Marília!



Amigos, meus velhos amigos!



Vitral buliçoso, amistoso encerra suas cortinas com aquele sobradão da Sampaio Vidal, onde nasceu a Olímpia Salete Rodrigues.



Sobradão do Hotel São Bento, da família Faria, do patriarca Benedito Mendes Faria, avô da mocinha Salete, nome de rua da Nova Marília.



Família Faria, do menino Rui, do mocinho Milton, da mocinha Meire, da gordinha Bigui mãezinha da Salete.



Amigos, meus amigos!



Tempo passando.



Vida se esvaindo.



Alô, Zeca, Zequinha Ursílio (quarentão)!



Alô, Rogério, Rogerinho Martinez (quarentão)!



Alô, Cardoso, Cardosão (quarentão)!



Alô, meninos, meninãos!



Não deixem a peteca cair, desejo ouvir explosão de rojão, desejo, desejo, desejo.



Penaforte

penafortevitral2005@yahoo.com.br




Ai... Ai... Ai... Amigos Usineiros, estou neste momento a bater com a cabeça para dentro, de encontro às paredes do preconceito que carrego misturado com os miolos, estou revoltado com a "sapiente presunção" que comigo transporto e que tantas vezes tem ficado boquiaberta de espanto em face da realidade que não credito.



Ai... Ai... Ai... Estou gelado a interrogar-me: o muito pouco que poderia fazer seria porventura bastante para ensolarar benignamente os últimos dias da Sal?!... Encolhi os ombros e continuei a deliciar estupidamente os dedos sobre as teclas.



"ALGUÉM" neste "site", por doidices e raivinhas de "lana caprina" se encarregou voluntariamente de desactivar o que resta de solidariedade nos desgraçados humanos que todos nós, sem excepção, somos. "ALGUÉM" neste "site" fez tudo quanto foi preciso para que a Sal morresse muito próxima da pobre enxerga de Camões.



Sabem quem é esse "ALGUÉM"? Somos nós, só nós e apenas nós. E neste caso, porquê? Tão-só pela montanha de merda anódina que aqui dia a dia vamos amontoando.



Coloquem o nome da Olympia Salete Rodrigues na Internet e cliquem sobre os resultados da pesquisa. Se algum de nós escrever ao nível dela, façam o favor de avisar-me que eu estou deveras interessadíssimo na leitura.



Ai... Ai... Ai... Usineiros, eu, pelo menos, vou carecer de alguns dias de profunda reflexão. Entretanto, desde já, para depois de amanhã, escreverei apenas.



Ah... Lusitano Mestre,

A arte que deixaste em teus versos,

luzinhas, faróis, imensos universos,

acaba de acolher na morte

quem em vida esteve inutilmente

tão perto de ti...



Lá longe, longe, muito longe

aqui de mim tão perto

ouço cães a uivar de amor!...




António Torre da Guia




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