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Artigos-->Eça, de monóculo, a ver o Mundial... -- 24/06/2006 - 18:40 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
APESAR DE TANGENCIALMENTE DERROTADO

O MÉXICO INSPIROU OS "PISTOLEIROS" PORTUGAS








Decerto que a selecção portuguesa, em distendido conforto, presenciou em conjunto o empolgante confronto entre a Argentina e o México. Consoante o jogo decorreu e evoluiu, mais e mais o íntimo do treinador e seus seleccionados terão captado, e quiçá facilitado, a possibilidade de bater os holandeses amanhã, dado que a Argentina, afinal e em face do México, não é deveras o papão fabuloso que os "parvalhões especializados" se fartaram de bufar no espaço.



Ao minuto 5, quando Marquez colocou a bola para lá de Abbondanxieri, os jogadores portugueses terão num ápice avaliado a benquista sorte que os dotou defronte aos mexicanos. Quatro minutos adiante, logo que Borgetti traíu o esforço de Marquez e introduziu a bola na própria baliza, armado em ponta-de-lança argentino, Scolari, no seu peculiar estilo, terá ironicamente exclamado:" - Pois, ao mata-mata, matou-se...".



Em suma, assim que argentinos e mexicanos regressaram aos balneários para descansar 15 minutos, os portugueses estariam, de véspera e imaginariamente, a ganhar por 1-0 à Holanda.



Ao recomeçar a pugna, os sem-chapéu-de-aba-larga, por volta do minuto 50, fizeram a bola atravessar da esquerda para a direita e, já dentro da pequena área, o golo negou-se à consumação. Mais de peito intenso a malta portuguesa ficou. Parece que estou a ouvir o palerma do Cristiano a grasnar com a eloquência da Merche: "- Amanhã, vou descascar a laranja-mecânica...". "- Cale um pouco, menino...", disse Scolari de queixo esticado.



Entretanto, o homem da camâra televisiva, enquanto a bola voava para a bancada, desceu a objectiva sobre uma loiraça argentina, uma daquelas de fazer maxicano ajoelhar com o chapéu em vénia. Comentou Maniche: "- Ena, malta, que grande baliza!... Logo vou marcar de certeza".



Seguiu-se um largo período com habilidades "pistoleiras" de parte a parte e o xerife, de pistolão sonoro em riste a fazer sangue amarelo, teve que oportunamente intervir para manter a lei e a ordem no "saloon".



"- Querem ver que os gajos vão penaltiar?!...", aventou Ricardo, o guarda-costas português, talvez a sonhar que vai conseguir uma segunda-chance no papel de atirador mortífero.



Nesse momento, um pistoleiro argentino deu um tiro em falso: pôs-se a atirar da rua e isso não vale, ocasião propícia para o xerife determinar mais trinta minutos de tiroteio suplementar.



"Os alemães lixaram os suecos...", comentou Deco para mudar de assunto. Scolari ripostou, berrando:"- Caluda, não admito que se fale disso, por enquanto...".



Às tantas, dentro da área mexicana, a bola pingou e Maxi, amortecendo com o peito, fuzilou com êxito. Sclorari gemeu:"- Estão vendo como é?!...".



Os mexicanos reagiram quanto puderam, mas a defesa argentina foi desfazendo todas as hipóteses. A meia-hora suplementar voou e o xerife pôs fim ao tiroteio. Scolari, erguendo-se lentamente do cadeirão almofadodado, cofiou o bigodinho e ordenou:"- Vamos jantar. Amanhã teremos laranja dura de trincar...".



António Torre da Guia












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