Tomando apenas em conta, em relação à decorrente actualidade, a frieza dos números, amanhã, logo que se inicie o prélio entre Portugal e Holanda, a selecção portuguesa apresentará 4 pontos nitidamente positivos face à sua adversária. Por consequência, à partida, afigura-se uma vantagem lusa que, em termos reais, pouco ou nada significa.



Quanto a mim, quanto mais tarde os portugueses lograrem um eventual golo, melhor será. Nesta circunstância poderá até dar-se o caso da selecção portuguesa acabar o jogo tranquíla, a vencer por dois ou três golos. Tudo dependerá de como estiverem Figo e Deco entre as peripécias do jogo.



Na esquerda, em lugar de Cristiano, eu preferiria Simão, que é muito menos malabarista e muito mais efectivo. Parece-me que Scolari vai logo de entrada utilizar Maniche e reservar Petit para a parte final da contenda.



Consabe-se que, se Portugal conseguir passar aos quartos-de-final, desde logo se assumirá como "outsider" deveras capaz de colocar Scolari e Parreira frente a frente, o que constituiria um inolvidável evento em termos lusófonos. E aí, minha gente, com samba e fado de bola ao mesmo tempo, quiçá se produzisse um novo descobrimento.