 Em números frios, quanto a participação no decorrente evento na Alemanha, a selecção portuguesa apresenta uma equação mais significativa do que a dos ingleses. De resto, no que a envolvência ambiental concerne, a Inglaterra, tal como em 1966, vai decerto aplicar tácticas estranhas antes e durante o jogo com vista a superar e sobretudo inferiorizar quanto possível a superior habilidade dos jogadores lusos.
INGLATERRA
04 vitórias
07 golos marcados
02 golos sofridos
10 pontos
PORTUGAL
04 vitórias
06 golos marcados
01 golo sofrido
12 pontos
Com Deco e Costinha impedidos de jogar, Scolari terá pois muitíssimo que computar. A sua sólida experiência não vai pois deixar ao acaso os diversos pormenores que sub repticiamente terão uma decisiva influência no desfecho do jogo.
Como se viu, os holandeses, logo que sofreram o golo, que afinal os derrotou, entraram de imediato num carrossel de picardias que, só não resultou, porque a Senhora de Caravagio estaria velando deveras pela estrelinha do Sargentão.
Aquilatando o conjunto de vertentes que incidem sobre o jogo, estou desde já a ver as duas principais coordenadas do confronto. Os portugas deverão reter ao extremo o esférico, por forma a evitar as cavalgadas inglesas e os lances de longa distância, precavendo-se sobretudo contra as entradas em riste e choques viris. Devem fluir tranquilamente e provocar gozação. Assim, no momento crucial, a santinha do mestre descerá ao relvado para abençoar o golinho com que Portugal conseguirá passaporte para continuar a ter direito de jogar com o Brasil.
António Torre da Guia
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