A Bíblia afirma que Moisés recebeu tal nome por ter sido tirado da água. Um nome hebraico dado a um menino por uma princesa egípcia significa bem mais do que o que parece à primeira vista.
"Quando, pois, o menino era já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e lhe chamou Moisés, dizendo: Porque das águas o tirei" (Êxodo, 2: 10).
Sigmund Freud, no texto "Moisés e o Monoteísmo", cita a obra The Dawn of Conscience (1934), da autoria de J.H. Breasted, onde questiona sobre o nome de Moisés. Uma princesa egípcia não iria pôr na criança um nome hebraico, mas sim um nome egípcio. Segundo J.H. Breasted, o nome "é simplesmente a palavra egípcia "mose", que significa "criança"", mencionando alguns nomes como "Ptá-Mose", "Amon-Mose", afirmou: "Ele não se acha no hebraico, que tem "Mosheh"". Mosheh, segundo ele, significa "o que tira fora".
Depois da completa ausência de vestígios arqueológicos sobre o Êxodo e das incongruências históricas e geográficas das história patriarcal bíblica, além da total falta de registro sobre a existência de Israel no Egito, o que podemos deduzir do nome Moisés? Se uma princesa egípcia adotasse um menino de origem desconhecida, ela não iria pôr nele um nome pertencente a uma língua estrangeira, muito menos a língua de um povo que eles tivessem intenção de eliminar. O uso de um nome hebraico por uma princesa egípcia se encaixa muito bem em uma lenda hebraica, não em uma história real.