Passar o tempo com suas crianças é uma comprovada forma de evitar que elas usem drogas. Ouvir o que elas têm a dizer. Falar - eu disse falar no sentido de conversar e não de criticar e impor pontos de vista - com elas sobre os amigos e as atividades da escola. Perguntar o que elas pensam sobre qualquer coisa como: música, filmes, a escola, teatros, games , revistas, ..., os sonhos deles e principalmente sobre o amor, isso se chama conhecer o seu filho, mostre a eles o quanto se importa com eles.
As pesquisas mostram que saber sobre seus filhos, saber com quem eles andam e sobre os pais dessas pessoas reduz drasticamente a possibilidade de envolvimento com drogas. Uma outra forma de evitar esse perigo é elogiar e recompensar o bom comportamento de seus filhos. Diga a eles que você os ama. Saia para comer pizza , ir a uma churrascaria, ao invés de ficar assistindo TV, por quê? Para que você tenha a oportunidade de se aproximar de seus filhos e conversar com eles, para que você conquiste a confiança deles e não os perca para o mundo, mesmo que eles digam que é um programa “coroa”, chato, ..., mas daqui a alguns anos você verá como isso foi bom para vocês e eles com certeza se lembrarão com saudades. Mas é fundamental que os pais, ou melhor, os responsáveis devem sempre dar bons exemplos. Não adianta você pedir para seu filho não fumar, sendo que você é um fumante, isso não funciona! Manter os filhos longe das drogas se consegue através de diversas pequenas coisas pessoais e todos os dias.
O excessivo uso de drogas, incentivado por poderosos – e abomináveis – interesses econômicos, não é apenas um problema individual, um encontro infeliz entre uma pessoa e uma substância tóxica. Os viciados em droga não são os culpados, geralmente eles são apenas sujeitos fracos, covardes para enfrentarem o mundo e a realidade, têm desvios de caráter, auto-estima baixa e são influenciáveis pelo meio que freqüentam, pois para não se sentirem os “caretas”, os excluídos do grupo começam a ter certos tipos de comportamento como esse. Os principais inimigos são as causas da demanda por drogas – a marginalização, a extrema pobreza, a exclusão e uma crise moral que atinge o mundo inteiro.
A base dessas tendências é o vazio moral que faz com que pessoas se sintam como se vivessem num mundo sem sentido, sem amor, sem sentimentos, enquanto leva outras a pensar apenas em seus próprios interesses e sucesso. Para combater a demanda por drogas, temos de ir à raiz do problema e dar à vida um propósito, promovendo atividades sociais que respeitem o meio ambiente e os valores da tradição e da cultura. Até mesmo atividades religiosas funcionam no combate às drogas. Uma educação preventiva deve ser dada principalmente aos jovens, pois ela pode ser uma ferramenta importante na construção do caráter, incentivando novas formas de pensar e novas linhas de conduta. A guerra contra as drogas, que é urgentemente necessária, requer novas idéias. A sociedade deve agir de modo a promover uma nova forma de vida, que ofereça aos jovens não apenas os meios de vida, mas também uma razão para viver.
Caso seu filho já tenha se tornado um viciado, um adicto, procure ajuda da família toda, dos amigos, não fique escondendo o assunto dos outros, como se seu filho fosse um criminoso, e comece procurando por um psicólogo especializado em tratamento contra as drogas, ou se for o caso, procure uma clínica de desintoxicação para seu filho enquanto há tempo. Lembre-se de Elis Regina, cantora, famosa, rica... e adicta, ela poderia ter sido tratada, estar bem e principalmente, estar viva, mas morreu de overdose.
Para finalizar essa matéria quero relatar o gesto de amor que os pais de um aluno fizeram por seu filho. M. tinha 15 anos, era um aluno que estudava numa das mais tradicionais redes particulares de Juiz de Fora, ele fazia esportes, aula de música, saía sempre com os amigos, tinha uma mesada de dois salários mínimos e só precisava se dedicar aos estudos. Um dia seus pais descobriram que ele estava fazendo uso de maconha em altíssimas quantidades. Os pais conversaram, levaram-no ao psicólogo, trocaram-no de colégio, afastaram as “amizades”, mas nada adiantou. Bom o caminho que seus pais encontraram foi extremo: Eles o colocaram em uma rede pública à noite, arrumaram para ele um emprego em uma loja do tio durante o dia, pois seus pais não dariam mais nada a ele além de comida, casa, e a psicóloga que o acompanhava aos sábados à tarde. Ele teria de se sustentar para dar valor ao sacrifício dos pais e a tudo que tinha, naquele ano ele não viajou, não praticou esportes, não saiu com os amigos, não fez aula de música e seus pais ainda foram mais a fundo, disseram que se ele continuasse usando drogas que saísse de casa, pois agora ele já estava com idade suficiente para “se virar” sozinho, que o amavam muito para o verem se destruindo. Os pais queriam vê-lo com uma graduação e feliz! Você deve estar achando: “- Nossa, eles pegaram pesado com o garoto!”, mas foi o que funcionou, com certas pessoas só o extremo funciona. E M. ficou o ano inteiro assim, nessa vida, ele teve de sentir na pele para aprender, para dar valor a tudo que tinha.
Para obter mais informações visite o site www.theantidrug.com e www.drugfreeamerica.org , só um conselho:- Fique sempre longe das drogas!
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