A palavra violência está diretamente ligada à falta de tolerância dos seres humanos em conviverem com as diferenças do meio. Essa falta de socialização existente há muitos anos, há tempos nesse planeta, vem crescendo e se tornando uma questão de segurança pública nacional, como os “ skinheads ” (cabeças raspadas), e de segurança internacional, por exemplo, o grupo “ Alkaeda ” e vários outros grupos radicais de pessoas agindo destrutivamente contra nós mesmos, seres humanos lutando contra seres humanos sem motivos concretos, uns porque não gostam de americanos, outros porque não gostam de certas religiões, de homossexuais, de negros, de pobres, de índios... Mas ninguém no mundo moderno faz “guerra”, gera violência, por motivos aparentemente justos.
Não quero me referir somente à violência gerada por grupos manifestantes, por gestos, ações, mas também à violência verbal, essa que está embutida nas clássicas palavras de baixo calão, nas falas dos nossos pais, nas discriminatórias novelas, dos maus exemplos dos filmes, em textos e discursos que deixam expressos o racismo, o nazismo, o preconceito contra homossexuais, a exaltação à estratificação das classes sociais feitas por vezes em discursos políticos, como podemos ver o senhor Bush e tantas outras falas que geram preconceitos, tudo que gira em torno da discriminação gerando o que chamamos de violência, como se ser diferente fugisse aos padrões da vivência humana, fugisse do que a “sociedade” moderna considera “certo”.
Eu poderia citar as palavras que demarcaram os ideais do iluminismo francês que eram: liberdade, igualdade e fraternidade, e sem me esquecer do socialismo russo como solução para que todos pudessem ter tudo de forma igualitária, mas isso tudo não resolveria a violência moderna.
O que está faltando não é apenas liberdade de expressão para vivermos, não é só igualdade social, econômica e política; mas principalmente a fraternidade, a bondade que deveria abraçar o mundo inteiro e acabar com todo tipo de violência que só gera coisas ruins. Infelizmente, muitas pessoas ainda hoje se esquecem que o que nos difere dos outros seres é não só nossa capacidade de raciocínio, mas também nossos sentimentos. Deveríamos ser bons exemplos para outros seres humanos e não estar formando essa sociedade que não consegue analisar fatos e refletir sobre seus atos. Certamente, a falta de amor e de amar - eu falo do amor incondicional - é o que mais tem faltado a esse mundo, vale lembrar uma frase de Renato Russo que diz: “... Quando se aprende a Amar o mundo passa a ser seu...”
