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Artigos-->FIDEL ALEJANDRO CASTRO RUZ -- 14/08/2006 - 18:18 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fidel Alejandro Castro Ruz nasceu aos 13 de agosto de 1926, em Mayarí, província de Holgín/Cuba. Ontem completou o seu 80º aniversário. No momento em que escrevo este artigo o chefe cubano ainda está hospitalizado e o real estado de saúde dele é um mistério que vem sendo tratado como “segredo de estado”.

Sem nenhum cunho ideológico, apenas como registro e informação, aproveito para escrever uma breve cronologia e tecer alguns comentários sobre a vida de Fidel Castro: em 1942, matriculado numa das melhores escolas secundaristas de Cuba, o jovem Castro tornou-se um estudante brilhante, excelente orador e praticante de beisebol e atletismo. Em 1945 entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de Havana. Em 1947 abandonou a escola para se aliar a um grupo de cubanos que pretendiam invadir a vizinha República Dominicana e derrubar o seu ditador Rafael Trujjilo, intento abortado pela polícia, ainda em mar cubano; escapou de ser preso e voltou para a faculdade. Em 1948 participou da violenta Conferência Pan-Americana de Bogotá. Em 1950 formou-se em Direito. Em 1953 liderou um ataque ao quartel de Moncada (Santiago de Cuba), com 79 guerrilheiros, ocasião em que foram derrotados e ele, preso pelo tenente Pedro Sarriá, foi condenado a 15 anos de cadeia e confinado na ilha de Pinos. Em 1955 foi beneficiado por anistia, ocasião em que fundou o “Movimento 26 de Julho”, conheceu (Che) Guevara (um médico argentino) e se exilou no México, de onde planejou a invasão de Cuba. Em 1956 voltou a Cuba e liderou, acompanhado por seu irmão Raúl e por Guevara, o famoso desembarque do Yate Granma, que marcou o início da guerra de guerrilhas contra a ditadura cubana. Em 1958 fracassou uma greve geral convocada pelo “Movimento 26 de Julho” e Fidel partiu para Sierra Maestra, de onde declarou guerra total a Fulgêncio Batista, ditador que através de um golpe de Estado havia tomado o poder em Cuba, no ano de 1952.

Tinha 32 anos quando derrubou Fulgêncio Batista, em 1º de janeiro de 1959. Desde aquela época Fidel Castro se apresentou perante o mundo como um nacionalista e esquerdista disposto a acabar com a triste reputação cubana, até então tachada de “Bordel do Caribe” e/ou “Cassino do Caribe”. Os milionários americanos da Flórida atravessavam os 150 km do mar do Caribe e se divertiam para valer em Cuba. Dizem que antes do castrismo (modelo político à moda de Fidel) o embaixador americano na ilha foi muito mais poderoso que os ditadores cubanos, que sempre cumpriam as ordens vindas de Washington.

Tendo se aproximado política e ideologicamente da então União Soviética, dentre outros motivos, a CIA (agência de inteligência dos EUA), em 1961, patrocinou a invasão da Baía dos Porcos para tentar a derrubada de Fidel do poder. Os EUA foram vergonhosamente derrotados e desde aquela época as relações diplomáticas bilaterais foram rompidas e Cuba começou a sofrer um embargo comercial norte-americano sem precedentes na história. Várias tentativas de assassinato de Fidel foram infrutíferas por parte dos EUA e ele já sobreviveu a nove presidentes norte-americanos. É o governante que mais tempo tem de poder em todo o planeta.

Em 2001 apareceram em Fidel os primeiros sinais de cansaço, possíveis reflexos da idade, quando desmaiou em um de seus longos discursos. Em 2004 tropeçou, caiu e fraturou o joelho e o braço direitos. Daí em diante as mãos começaram a ficar trêmulas, apareceram dificuldades para caminhar, a memória começou a definhar e ele começou a dar sinais públicos de seus problemas de saúde que culminaram com o recente internamento e uma operação intestinal, tendo o poder sido entregue “temporariamente” ao seu irmão Raúl Castro.

Enquanto este escriba terminava de escrever este artigo, o mundo esperava por notícias sobre o estado de saúde de Fidel Castro e borbulhavam especulações sobre a sua cirurgia e o ambiente político na ilha. Há até rumores de que ele já estaria morto. Outros dizem que o assunto é apenas uma manobra do Partido Comunista. As estórias são as mais variadas e vão desde as que os militares cubanos já foram mobilizados para conter manifestações com o anúncio da morte de Fidel, até as de que alguns militares de alta patente deram um golpe e já tomaram o poder. Há, também, notas ditas “oficiais” que asseguram que o líder cubano já está muito bem e que em breve retomará o poder. Ele, em “nota oficial”, pede “que o 80º aniversário do meu nascimento, que tão generosamente milhares de personalidades decidiram celebrar no dia 13 de agosto, seja adiado para 2 de dezembro de 2006, 50º aniversário do Desembarque do Granma”.

Assim, o último instante de Fidel pode ainda estar longe... Só nos resta esperar para sabermos se o autor da frase “condenai-me, não importa, pois a história me absolverá!” será mesmo compreendido e absolvido pela História...

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