Ao cabo de cinco anos da ocorrência em vértice, no mesmo dia em que a bronca eclodiu no mostrador do "24 Horas", Luís Filipe Vieira, no jornal da noite da RTP e entre algumas penosas delongas sobre a criação de riqueza, em relação ao Alverca esclareceu: "- Passou-se o que se passou, mas o património está lá".
Por uma outra mística vertente e na crista do intelecto, de imediato, vindo da estranhíssima galáxia do silêncio judicial, surgiu-me no ecrã encefálico o Luís Francisco Rebello (com dois "LL") a afirmar, sob a iminência de colapso financeiro na Sociedade Portuguesa de Autores, que embora o dinheiro voasse "o património estava lá".
Adensando-se em barulho o silêncio mais ainda e voltando à vaca fria, revejo o perplexo ex-presidente salgueirista Linhares (também com "L") a explicar sob incontornável evidência como uma coisa e outra, dinheiro e património, desapareceram, conquanto o Sport Comércio e Salgueiros resista e persista em amargurada existência.
Ora, perante a infinidade de bolinhas que rodam e transladam no universo, onde o longínquo Plutão desceu agora de divisão, de linha em linha e em hipótese não haja prémio nem acumulado, depara-se-me em pluma magistral o pregoeiro-mor do património a anunciar tranquilamente:" - Portugueses, seguimos para bingo". |