Usina de Letras
Usina de Letras
307 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62744 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22563)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51133)
Humor (20114)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141062)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->O BOM PROFESSOR NÃO É CASUÍSTA -- 01/09/2006 - 08:57 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos












Atualmente a escola pública perde sua vital importância porque não se importa “como o aluno vai ganhar a vida”, ou como “vai sobreviver”. Não prepara o aluno para sua inclusão no mercado de trabalho. Ele sai da escola da mesma forma como entrou: sem nenhuma profissão. Claro, sabe ler e escrever. Nem sempre de maneira correta. Mas, o mercado o aguarda como um monstro que desafia um super homem. O jovem recém saído da escola não é um super homem. As empresas sabem disso. Mas, estão dispostas a encontrar o melhor dos melhores, coisa que a escola pública não prepara ninguém para ser isto, além de não ser reprodutora de mão-de-obra, acrescida apenas de um pouco dos conhecimentos da informática. Não existe nas escolas públicas a capacitação dos alunos para competirem no mercado de trabalho, na luta desigual por bons empregos e bons salários.



Neste item os alunos da escola pública não estão sendo incluídos. E assim os alunos que não foram reprovados porque compareceram 75% das aulas, não estão preparados para competir nesse ambiente social hostil.



A realidade que a escola pública está mostrando para seus alunos não existe. Isto porque ao sair da escola sem saber interpretar um texto, sem saber realizar as operações matemáticas elementares e sem a disciplina adequada (comportamento), uma vez que na escola podia fazer o que queria, sem sofrer nenhuma conseqüência, leva o aluno a um fracasso enorme nos primeiros testes em busca do emprego. Neste caso faltou a inclusão que ao nosso ver é muito mais ampla que o mercado de trabalho. Envolve a cidadania. Além de o aluno ter a possibilidade de competir por um bom emprego e salário, pode fornecer aos mesmos as condições de ser livre, de ser um cidadão real e não um fracasso que passou pela escola, mas nada aprendeu. Ora, fracassos sempre existiram. O que não existia na antiga e tradicional escola era o fracasso em massa a exemplo de hoje. Empregos para os atuais formandos são somente através de favores, ainda que não sejam bons empregos. É necessária a compreensão da família brasileira, principalmente a paulista, onde a escola pública atrasou algumas dezenas de anos, ao invés de adiantar; que ter o certificado de conclusão do ensino médio é muito bom para as estatísticas dos governos, mas para o indivíduo real, de nada serve porque não representa conhecimento de verdade. O formando poderá conhecer a única linguagem que aprendeu na escola: a gíria contumaz, porque da língua portuguesa não entende nada. Para os governantes o aluno é apenas um número em seus gráficos, e quanto menos tempo ficar na escola, menos gastos representará para o governo e melhorará o índice de aproveitamento governamental, principalmente diante das autoridades mundiais, como a ONU. Esta é a política do neoliberalismo.



Os diversos governos estaduais no Brasil não pretendem melhorar a educação, posto que o problema da reprovação, do analfabetismo, da avaliação somente será solucionado quando os governantes investirem no professorado – isto significa dizer salário mesmo, de verdade porque ninguém vive apenas de eterna espera por uma melhora. E o bom professor não é casuísta. Não o sendo busca a melhora. E a melhora é abandonar o ensino e partir para as empresas, ou um cargo comissionado dentro dos muitos governos nepotistas existentes nos municípios, sendo isto um meio de corrupção permitida (pasmem!) pela Constituição. Também é passível de uma melhora quando melhorar a estrutura de ensino: menos alunos em sala, menos alunos por professor, menor carga horária de trabalho: o salário acaba ficando mais justo. Se houver uma comparação entre a educação e uma corrida de fórmula 1, o carro dos professores será apenas um velho fusquinha, que não sai do lugar. E como jamais vão vencer essa corrida, os teóricos de plantão no governo, (ganhando altos salários), estão afirmando com todas as letras que são os professores que não sabem dirigir o fusquinha. E o pior: tem professor que acredita nisso. A não reprovação, os ciclos, os fluxos, as descrições, as avaliações continuadas, não passam de estratagemas, cujo objetivo é maquiar índices para impressionar os tolos. É urgente rever o sistema de progressão continuada nas escolas públicas do Estado de São Paulo. Só assim haverá respeito pelo aluno e pelo profissional do ensino.



Jeovah de Moura Nunes

Jornalista e escritor

jeovahmnunes@hotmail.com

Mtb. nº 34583

(matéria extraída e reescrita do “Jornal dos Professores” nº

379 de agosto de 2006, página 4 – órgão do Centro do Profes-

sorado Paulista – título original: “A necessária revisão da pro-

gressão continuada” – fonte original: “A Farsa da Inclusão” –

Fábio Luiz da Silva – (site Aprendiz).



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui