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Artigos-->Direitos e esquerdos - Ideologia -- 03/09/2006 - 15:17 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Direitos e esquerdos - Ideologia

Athos Ronaldo Miralha da Cunha



A conjuntura de pré-eleição é propícia para debatermos as questões, que para alguns pensadores, estão meio fora de moda: a ideologia, a esquerda e a direita.



Nossas dúvidas se avolumam quando assistimos a propaganda eleitoral. O horário político está tão insosso que a impressão que temos é de que tudo já foi dito. As carinhas que cruzam pelo horário eleitoral são as mesmas e fazendo as mesmas promessas. Saúde, educação, segurança etc. Alguns até imploram: “Eu preciso de seu voto”. Implicitamente dizendo “eu não posso perder essa boquinha”.



Observando-se o espectro dos quatro candidatos com algum fundamento eleitoral, temos a Heloisa Helena representando a esquerda tradicional. Uma espécie de Lula zangado de 89 e com escassas chances de ir ao segundo turno. O neotrabalhismo de Cristovam Buarque que não consegue ultrapassar a barreira do 1% nas pesquisas. Uma candidatura natimorta enclausurada na bandeira da educação.

Lula e Geraldo que são os dois pólos dessa eleição não diferem em profundidade nas questões pragmáticas e conjunturais. A grande diferença entre eles é que Geraldo olha com os dois olhos para a direita e Lula arrisca um. Podemos deduzir que Geraldo retomará as privatizações, já que é um candidato concebido com as vendas do patrimônio público. Lula não faria essa traição com o seu currículo. Ou faria?



Sabemos que Lula é oriundo de uma base social dos trabalhadores metalúrgicos, forjou seu discurso pela esquerda e é fundador de um dos maiores e mais populares partidos da América Latina. A palavra socialismo transitava e ainda transita nas hostes dos petistas desiludidos e não iludidos com a candidatura de Heloisa Helena. Mas sumiu, pragmaticamente, dos petistas no governo.



Geraldo vem perseguindo a trajetória de Covas e FHC, só que com menos brilhantismo e mais malabarismo político. Pouco contesta e muito acata os ditames neoliberais e da globalização da economia. No entanto os quatro anos de Lula, na opinião de muitos analistas, foi um complemento das políticas de 8 anos de FHC. Tornando as diferenças impalpáveis ou tênues.



No atual governo pouco foi feito para contrariar os interesses dos poderosos banqueiros, grandes empresários e especuladores. Seria assim a atitude de um governo popular? Nessa geléia liberal com invólucro populista, Lula só entornou o caldo. Sobrando algumas colheres para o Bolsa-Família e bicos de luz para os “desluzados”.



Então, nos perguntamos o que é ser de esquerda hoje? Como um partido se constitui nas bandeiras tradicionais de esquerda e ao mesmo tempo ser moderno.

O governo Lula não é de esquerda, mas cativa um eleitorado com pensamento de esquerda. Há esperança em um provável segundo mandato de Lula? Esquerda e direita sobreviverão a globalização? A esquerda sobreviverá ao PT?

Essa é a proposta: Discutir um pouco de política com a profundidade que esse tema merece.







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