Quanta emoção quando entrei nessa aeronave em 1973. Fiquei orgulhosa ao ser atendida pelas lindas comissárias, na época AEROMOÇAS. A música orquestrada parecia embalar os passageiros antes da decolagem, a voz do comandante dando boas vindas, parecia que era pra mim. Os sorrisos das comissárias faziam lembrar modelos só vistos nas revistas e nas tv. Lentamente a aeronave foi se movimentando, meu coração disparando, uma mistura de medo, alegria e orgulho de estar dentro de um avião e era VARIG. Ao descer em Recife, olhei para trás, e lá estava a aeronave, na calda as estrelas azuis, sorri, e pensei: parece até que a VARIG as pegou quando cortava as nuvens.
Desse ano até hoje, sinto orgulho em voar pela VARIG. Quando estou no exterior, e deparo com uma aeronave na pista, meu coração bate de emoção, sinto que ali está um pedaço do Brasil.
E agora querem vender a VARIG, querem lhe tirar a paz, a elegância o símbolo do Brasil. Varig que no céu flutua, que nas noites é a mais bela das estrelas, de dia banhada pelos raios do sol é a mais dourada, quando aponta no horizonte, parece um planeta purpúreo que vem visitar a cidade, e na pista se revela um pássaro da paz, trazendo ou levando adeus, deixando ou matando saudade. VARIG VARIG, estrela brasileira que corta o céu de norte ao sul, que atravessa oceanos como um cometa, que nunca será esquecida, porque dentro de cada aeronave, está o coração dos brasileiros, porque a VARIG é um pedaço quase inteiro do Brasil.