A nossa querida televisão, apesar do convénio provedor recentemente aplicado e sem saber que volta dar, persiste imparável na acirrada luta concorrencial, lástima que os "entendidos na lídima verruma" proclamam de saudável, dignificante e assaz cultural. Sequer a modelar postura da Euro News suscita um inspirado recurso que minore o falacioso protagonismo dos famigerados pivôs e apresentadores que ridiculamente há décadas nos colocam na cauda do panorama televisivo.
Com os tiques de quem acaba de fruir um óptimo repasto e logo se pavoneia em arábicas mestrias labiais, está de volta o fastidioso Diogo Infante, o tal que descobriu que Bocage se recusou a fazer a emenda ao soneto e se presume capaz de levar os portugueses a tomarem cuidado com a língua. Num primeiro mergulho, decidiu-se por ensinar a malta a "imergir" e a "emergir", partindo do princípio que lida com uma audiência de simpáticos otários que não sabem nadar.
Tal como as coisas andam e vão, tendo em conta a grave situação assimilativa do Português e da Matemática entre os nossos estudantes, admira-me que não surja um providencial messias a ministrar as duas chatas disciplinas através do sexo, veículo infalível para lograr um rotundo êxito. Ouviríamos então a miúda avisar sensacionalmente o namorado: - Joquinha, querido, vê lá se imerges e emerges depressa e não te esqueces de tirar o escafandro do meu lago. |