Em Portugal, quando o ano de 2006 declina no último trimestre, o último relatótio da Amnistia Internacional revela que 20% das mulheres portuguesas, à parte o que se desconhece e é ainda percentualmente significativo, são vítimas de violência doméstica, um desiderato inadmissível que a governação oficial, através de intensa campanha televisiva e lei que puna vigorosamente tais desmandos, não se decide a considerar de imediato com rigor absoluto.
Actualmente, a maioria das mulheres portuguesas, além de cuidarem do lar, do marido e dos filhos, ainda aplicam grande parte do seu dia a trabalhar profissionalmente. Um-quinto delas, vítimas do criminoso machismo dos lastimáveis companheiros, ainda apanha porrada, sofre horríveis sevícias e até morte, em média, cinco casos mensais.
Há 60 anos, nas ruidosas telefonias de então e nos cantantes improvisos de rua ouvia eu a seguinte cantilena: "Sebastião come-come tudo-tudo / Sebastião como tudo sem colher / E ao fim fica todo barrigudo / Para mais dá pancada na mulher".
Portugal tem sido e ainda é um vergonhoso país de aberrantes e imundos Sebastiões que urge eliminar dê para onde der. |