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Artigos-->Donde veio Portugal à luz hodierna -- 13/10/2006 - 11:15 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AOS HERÓICOS LOCUPLETANTES ACTUAIS







O que resta hodiernamente, à testa da nação, da medieva origem da honra e da dignidade portuguesas? Cavaco Silva ?!...



Egas Moniz, designado historicamente por "O Aio", foi um considerado fidalgo portucalense, da linhagem dos Riba Douro, uma das cinco grandes famílias de Entre-Douro-e-Minho, condal do século XII, a quem Henrique de Borgonha, conde de Portucale, confiou a educação do filho, Afonso Henriques, donde advém o cognome por que ficou conhecido.



Naquela medieva época Portucale era nominalmente dependente de Leão e Castela, então sob o mando da rainha D.Urraca. Por passamento desta, em 1127, sucede-lhe no trono Afonso VII, o qual adopta o título de imperador de toda a Hispânia, procurando a vassalagem dos demais reinos, incluindo entre eles também o Condado Portucalense, que há muito demonstrava tendências autonomistas. Em 1128, Afonso Henriques, apenas com vinte anos, foi designado lider dos barões que repugnavam e temiam a influência galega sobre Portucale e, forçado a impor-se contra as forças que acolitivam sua mãe, Teresa de Leão, venceu-as decisivamente nos campos de São Mamede e a partir dai assume a condução política do condado.



Logo adiante, Afonso VII coloca cerco a Guimarães, então sede política do condado, e exige um juramento de vassalagem a seu primo Afonso Henriques. Surge assim em intervenção conciliadora Egas Moniz, que se dirigiu ao imperador, prometendo-lhe e assegurando-lhe que o primo aceitava a submissão.



Contudo, depois de deslocar a capital do condado para Coimbra, em 1131, Afonso Henriques sente-se robustizado militarmente e empolgado para destruir os laços que o ligavam a Afonso VII, pelo que lhe move guerra e invade a Galiza, travando-se assim a batalha de Cerneja, em 1137, da qual saem vitoriosas as hostes portucalenses.



Como Afonso Henriques infringisse deliberadamente o acordado por seu aio e mestre, Egas Moniz, segundo reza a lenda, ao saber do sucedido, deslocou-se a Toledo, a capital imperial, apresentando-se descalço e com uma corda ao pescoço, acompanhado de sua esposa e filhos, colocando ao dispor do imperador a sua vida e a dos seus, como penhor pela manutenção do juramento de fidelidade prestado nove anos antes. Consta que num inopinado rasgo de dignidade. comovido com tão honrosa submisão, o soberano ilibou-o de qualquer responsabilidade e mandou-o em paz de volta a Portucale.



Egas Moniz, está sepultado no Mosteiro de Paço de Sousa, do qual foi padroeiro, estando representado em seu túmulo precisamente o lendário episódio que protagonizou na sua deslocação a Toledo.





António Torre da Guia


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